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Madeira

Chega afirma que chumbou "ataque à pesca na Madeira"

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O Chega afirma que foi o seu voto que travou uma medida proposta pelo Livre, na Assembleia da República, que previa o reforço da proibição do acesso dos pescadores madeirenses às águas em torno das Ilhas Selvagens. Para o partido, esse seria um "ataque à pesca na Madeira". 

Em comunicado, o deputado madeirense Francisco Gomes indica que "esta proposta representava um esforço disfarçado para restringir ainda mais a pesca madeirense, com especial impacto na pesca do atum", uma actividade que o deputado considera vital para determinadas comunidades, em especial no Caniçal.

O Chega indica que, no final, PS, Livre, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda e PAN aprovaram o projecto do Livre. Todavia, os seus votos não foram suficientes para superar os do Chega, PCP, CDS e PSD, que reprovaram a proposta. 

“O projecto do Livre não passava de um ataque à pesca madeirense. Além disso, revela ignorância, pois a pesca do atum é feita com técnicas ancestrais, que não representam um risco ambiental. Há gente que não sabe nada de pescas, mas pensa que pode mandar nos pescadores madeirenses", afirma o parlamentar.

O Chega afirma que vai combater qualquer tentativa de restringir a actividade pesqueira sob o pretexto do proteccionismo ambiental. O partido considera que propostas como a do Livre são mais um esforço da “esquerda radical, disfarçado de ambientalismo", para enfraquecer a indústria pesqueira e prejudicar quem depende desta actividade.

Francisco Gomes considera que "é uma hipocrisia que partidos como o PS, IL, Bloco e PAN tenham apoiado este projecto. Na Madeira, dizem que estão ao lado dos pescadores, mas, em Lisboa, fazem de tudo para destruí-los. Colocar o animalismo acima de quem trabalha é um escândalo e uma afronta aos pescadores madeirenses".