Morna anuncia que vai reduzir "significativamente" as intervenções sobre a política regional até às eleições
Nuno Morna, em comunicado enviado às redacções, anuncia que vai reduzir "significativamente" as suas intervenções sobre a política regional até às eleições. O parlamentar da Iniciativa Liberal "recusa-se a ser envolvido em estratégias que transformam o debate político numa disputa de culpas e interesses particulares."
“Não estou disposto a ser acusado de ser responsável por seja lá o que for que aí venha, servindo, assim, de desculpa. A política regional sempre foi um jogo de culpas, uma dança de interesses e, sobretudo, um exercício de fuga à responsabilidade”, declara Nuno Morna, sublinhando a sua "frustração com um modelo político onde o foco parece estar mais na procura de culpados do que na construção de soluções".
Para o mesmo, a Madeira atravessa um "período crítico que exige mais do que discursos circunstanciais e estratégias de curto prazo", lê-se no comunicado. “A política regional precisa de mais do que golpes de bastidores e manobras desesperadas para sobreviver. Precisa de visão, coragem e verdade”, reforça, apontando para a necessidade de um debate político "sério, baseado em propostas credíveis e viáveis".
Esclarece que a decisão de manter o silêncio sobre a política madeirense não significa falta de opinião ou desinteresse, mas sim um posicionamento consciente contra a instrumentalização do debate público. “Todos temos a obrigação de assumir as consequências das nossas decisões. Quem aspira a um cargo público tem o dever de apresentar alternativas sérias, credíveis e viáveis. O resto é ruído”, afirma.
A poucos tempo das eleições, a decisão de Nuno Morna, deputado único da representação parlamentar da Iniciativa Liberal, reflecte uma posição crítica face ao actual estado da política regional e ao ambiente de constantes disputas e acusações. “O tempo encarregar-se-á de pôr tudo no seu devido lugar, dê por onde der”, conclui.
Com esta tomada de posição, reforça o seu "compromisso com uma política baseada na responsabilidade e na transparência, recusando ser peça de um jogo que, na sua visão, tem afastado a Madeira das discussões realmente necessárias para o seu futuro", remata o comunicado de imprensa.