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Presidenciais entram na agenda política a um ano das eleições

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Foto Shutterstock

As presidenciais entram na agenda política, com o anúncio hoje do candidato da Iniciativa Liberal, a apresentação da candidatura do ex-líder do PSD Marques Mendes na quinta-feira, e a reunião do PS para discutir o tema, no domingo.

Para hoje, último dia da IX convenção da Iniciativa Liberal, o líder do partido, Rui Rocha, já prometeu revelar quem será o candidato presidencial apoiado pelos liberais.

A um ano das eleições, que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tenciona marcar para 25 de janeiro de 2026, dirigentes do PS têm-se dividido, publicamente, entre o apoio ao antigo secretário-geral socialista António José Seguro, que está a ponderar, e a António Vitorino, ministro de António Guterres e ex-comissário europeu, que ainda não desfez a dúvida se entrará na corrida.

Marcelo tenciona marcar eleições presidenciais para 25 de Janeiro de 2026

O Presidente da República anunciou hoje que tenciona marcar as eleições presidenciais de 2026 para 25 de janeiro, calhando uma eventual segunda volta em 15 de fevereiro, três semanas depois.

À direita, André Ventura volta a correr com o apoio do seu partido, o Chega, e anuncia a candidatura em 18 de fevereiro.

Ventura anuncia que vai ser candidato pelo Chega

O líder do Chega, André Ventura, anunciou hoje, através de uma carta enviada aos deputados, que vai ser candidato a Presidente da República em nome do partido.

Fora do quadro partidário, o almirante Gouveia e Melo continua de férias, depois de deixar de ser chefe do Estado Maior da Armada e nada mais disse sobre se vai concorrer ao Palácio de Belém, cenário que admitiu por diversas vezes nos últimos meses.

Gouveia e Melo rejeita falar sobre candidatura a Belém mas diz que Defesa deve ser tema de campanha

O almirante Henrique Gouveia e Melo defendeu hoje que o investimento em Defesa no país e na Europa deve ser um tema da campanha das eleições presidenciais de janeiro de 2026, continuando sem esclarecer se será ou não candidato.

Depois de se saber, hoje, quem será o nome da IL a Belém, a agenda das próximas presidenciais é retomada na quinta-feira: Luís Marques Mendes, que foi secretário de Estado, ministro com Cavaco Silva e líder do PSD (2007-2007), anuncia a sua candidatura, depois de muitos meses de reflexão e anos de comentário político na SIC.

Marques Mendes apresenta candidatura a Presidente da República a 6 de Fevereiro

Será feito em Fafe, onde viveu a maior parte da juventude

Será em Fafe, Braga, no auditório da Misericórdia local, com o nome do seu pai, António Marques Mendes, fundador do PSD no distrito e ex-deputado na Assembleia da República e no Parlamento Europeu.

No PSD, Hugo Soares, secretário-geral, já afirmou que Mendes que tem "todas as condições para ser um extraordinário" Presidente, elogio que já fizera antes mesmo de o atual conselheiro de Estado ter confirmado a sua vontade de concorrer.

Dois dias depois, no domingo, o PS, que não apoiou formalmente nenhum candidato nas duas eleições anteriores (2016, 2020), reúne a sua comissão nacional para analisar o dossiê.

Carlos César, presidente do PS, afirmou, na segunda-feira, à CNN Portugal, que há duas hipóteses, podendo os dirigentes do PS optar num dos nomes possíveis ou num perfil ou ainda num calendário "para tratar o tema". "Temos condições no dia 08 de fevereiro de tomar uma boa decisão", disse.

Três dias depois, também na CNN Portugal, António José Seguro disse acreditar que "a direção nacional do PS tem claramente um candidato, que é António Vitorino". Apesar da marcação da reunião do partido, Seguro admite anunciar uma decisão "talvez lá para a primavera ou inicio do verão".

Seguro recusa que lhe fixem prazos para decisão sobre eventual candidatura

O antigo líder do PS António José Seguro recusou ontem que lhe fixem prazos para decidir se vai ser candidato às presidenciais porque não depende de ninguém, escusando-se a responder ao ataque "baixo" de Augusto Santos Silva.

Nas últimas semanas, vários dirigentes socialistas têm-se dividido entre o apoio a António José Seguro, como João Soares, e António Vitorino, o antigo comissário que remeteu uma decisão para o início do ano, que é elogiado pela ex-ministra Mariana Vieira da Silva.

João Soares declara apoio a Seguro que considera ser alvo de 'bullying' no PS

O antigo ministro e dirigente do PS João Soares declarou hoje apoio a uma eventual candidatura presidencial de António José Seguro, que considera estar a ser alvo de "uma campanha de 'bullying' político" dentro do partido.

À esquerda, nem o PCP nem o Bloco de Esquerda, que tem apoiado candidatos próprios em eleições anteriores, disseram o que vão fazer.

PCP "sem nenhuma ansiedade" em relação a uma candidatura às presidenciais

O secretário-geral comunista disse hoje que o PCP olha para o calendário das eleições presidenciais "muito tranquilo" e "sem nenhuma ansiedade" e não compreende "a urgência" do tema, garantindo que o partido não vai "prescindir desse espaço de intervenção".