CHEGA denuncia instalação do Jamaat-e-Islami em Portugal
O deputado do CHEGA, Francisco Gomes, denunciou que "o Jamaat-e-Islami, organização política e paramilitar que já foi classificada como terrorista por vários países, conseguiu instalar-se em Portugal e inaugurou uma mesquita". Para o parlamentar, esta situação é “profundamente alarmante e reveladora de falhas graves do governo português”.
Em nota emitida à imprensa, diz que "presente no Afeganistão, Paquistão, Índia e Bangladesh, o Jamaat-e-Islami é reconhecido por diversos governos como tendo histórico de actividade radical, ataques a comunidade cristãs e por manter ligações fortes à Irmandade Muçulmana". Prossegue, referindo que "entre os países que já classificaram oficialmente o Jamaat-e-Islami como grupo terrorista estão os Estados Unidos, a Índia e o Paquistão".
Segundo Francisco Gomes, a presença do Jamaat em território nacional constitui “um sinal inequívoco de que Portugal está a permitir a atuação de estruturas ligadas a organizações internacionais de elevado risco”. Também considera “particularmente perturbador” que um movimento com este grau de avaliação negativa tenha conseguido obter espaço organizado no território nacional.
A entrada do Jamaat-e-Islami em Portugal é a prova definitiva de que o país está a acolher grupos classificados como terroristas em muitos pontos do mundo. Isto é uma ameaça para Portugal e para toda a Europa. Aliás, é vergonhoso que tenhamos chegado a este ponto. Onde andam os serviços de informação do Estado?". Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República
Francisco Gomes afirma que a instalação do grupo e a abertura da mesquita associada representam “um risco directo e intolerável para a segurança nacional”, sublinhando que o governo português não pode continuar inerte perante ameaças desta natureza.
O deputado reforça que "qualquer tolerância relativamente a estruturas ligadas ao Jamaat-e-Islami equivale a colocar o país numa situação de exposição grave, vulnerabilidade séria e totalmente evitável”.
O governo português tem de agir já, expulsar todos os indivíduos associados ao Jamaat e encerrar imediatamente qualquer centro, sede ou mesquita ligada a esta organização. Portugal não pode ser viveiro de grupos perigosos. A protecção do país tem de estar acima de tudo". Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República
O deputado conclui que o CHEGA "continuará a expor todas as situações que representem risco para a segurança nacional, exigindo transparência e firmeza do Estado para impedir que organizações com historial violento se instalem e actuem em território português".