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Marques Mendes não quer ser um Presidente da República como a Rainha de Inglaterra

Foto Hugo Delgado/Lusa
Foto Hugo Delgado/Lusa

O candidato presidencial Luís Marques Mendes defendeu ontem à noite que não quer ser um Presidente da República como a rainha de Inglaterra, mas antes "proativo, interventivo e com ação" para resolver os problemas do país.

A comparação foi repetida duas vezes por Marques Mendes para emendar a afirmação afirmando "não ter nada contra a rainha de Inglaterra ou se quiserem, hoje, contra o Rei de Inglaterra".

"Serei um Presidente pró-ativo, interventivo, com ação nunca uma Rainha de Inglaterra, não que tenho alguma coisa contra a Rainha de Inglaterra ou se quiserem hoje contra o Rei de Inglaterra, mas o que Portugal precisa é de algo diferente. Maior capacidade de ação dentro dos sues poderes e de intervenção", referiu.

O candidato apoiado pelo PSD e CDS-PP, que falava num jantar com apoiantes em Monção, no distrito de Viana do Castelo apoiado pelo PSD e CDS-PP, adiantou que o seu modelo para a presidência da República não passa por ficar "à espera de mais diagnósticos (...) de um desabafo (...), não vou estar à espera de estados de alma", mas antes de seguir "em frente", porque "o país não quer mais generalidades, quer ação".

"Um Presidente da República não governa, é verdade. Um presidente da República não faz leis, sem dúvida, mas o Presidente da República se souber usar bem a sua palavra e a sua magistratura de influência pode ajudar decisivamente muitos problemas concretos que existem em Portugal", reforçou perante 500 pessoas que ouviam o seu discurso.

O candidato e antigo líder do PSD, anunciou em Monção que se ganhar as eleições vai "nomear um jovem para o Conselho de Estado".

"Nunca na vida isso acontecer em Portugal. Um Presidente da República tem direito a nomear cinco pessoas para o Conselho de Estado, mas nunca ninguém, no passado, um jovem. Não tenho nada contra os mais velhos. A sabedoria dos mais velhos é importante, mas o Conselho de Estado como um órgão importante de aconselhamento do Presidente da República é importante que estejam os jovens, com as suas preocupações e ambições", explicou.

O combate à pobreza "que é enorme", sobretudo a "pobreza infantil, pobreza empregada, que são duas pessoas, marido e mulher, cujos salários devido ao preço da habitação não chegam ao fim do mês".

O candidato salientou ainda "o combate à pobreza dos idosos, pensionistas e reformados" será "uma das principais prioridades" caso seja eleito no dia 18 de janeiro, assim como a justiça "que está doente, tem falhas, está muito cara e preciso de decidir com mais rapidez".

Marques Mendes adiantou que o primeiro Conselho de Estado, a seguir à eleição "será sobre justiça até junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo", anunciando que "vai fazer uma coisa que até hoje ninguém fez".

"Pela primeira vez vou fazer presidências abertas no estrangeiro, junto das comunidades portuguesas para lhes dar outra importância, outra atenção".

No final do discurso que proferiu, com cerca de 25 minutos, Marques Mendes, pediu a ajuda de todos os presentes na sala "a passar a sua mensagem, as suas ideias", por não poder "ir a todas as partes do país.

"Ninguém consegue a vitória sozinho, não consegue o sucesso sozinho. É preciso a ajuda de todos. Ajudem-me a mobilizar as pessoas. Neste mês que ainda falta para as eleições a mensagem tem de chegar sobretudo aos indecisos".

Durante o discurso, Marques Mendes, invocou Sá Carneiro, no dia em que se completam 45 anos sobre a sua morte, referindo que entrou na política aos 19 anos por causa do pai e de Sá Carneiro.

"Tinha qualidades absolutamente notáveis. Coragem física e política. Competência, ele via antes do tempo, antecipava as questões. Tinha um pecável sentido de Estado". Foi um grande patriota e um grande português", sublinhou.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, marcou eleições presidenciais para 18 de janeiro de 2026. Luís Marques Mendes é o candidato apoiado pelo PSD.

Além de Marques Mendes, anunciaram candidaturas às eleições presidenciais António Filipe (com o apoio do PCP), António José Seguro (apoiado pelo PS), André Ventura (apoiado pelo Chega), Catarina Martins (apoiada pelo BE), Henrique Gouveia e Melo, João Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal) e Jorge Pinto (apoiado pelo Livre), entre outros.