PS acusa CMF de "penalizar os funchalenses em vez de resolver o problema do trânsito"
O vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal do Funchal, Rui Caetano, criticou o executivo da coligação PSD/CDS por, na sua opinião, prejudicar os funchalenses em vez de atacar as causas reais dos problemas de trânsito na cidade, segundo a nota enviada.
A declaração surgiu na reunião camarária desta quinta-feira, durante a qual o vereador votou contra a proposta da autarquia para aumentar o valor dos parques públicos do Almirante Reis e de São Tiago.
Rui Caetano afirmou que a decisão do PSD/CDS “representa mais um passo na penalização dos funchalenses”, num contexto de dificuldades de mobilidade, escassez de estacionamento e congestionamento.
O socialista salientou que o próprio relatório da proposta reconhece a “procura excessiva” e o “esgotamento em determinadas horas”, assim como o impacto das viaturas de rent-a-car, mas, mesmo assim, o executivo "opta por aumentar os preços, em vez de agir sobre a causa do problema".
O vereador alertou, também, que a medida poderá "deslocar os cidadãos para grandes superfícies comerciais", onde existem descontos ou estacionamento gratuito, em detrimento do comércio tradicional do centro, que “devia ser protegido e reforçado, e não enfraquecido”.
Rui Caetano recordou que o PS defende políticas de contenção e regulação do tráfego de veículos de aluguer no centro, medidas de controlo do tráfego e estratégias que protejam tanto os turistas como a qualidade de vida dos residentes.
Segundo o socialista, o aumento do preço dos parques não impedirá que os veículos de aluguer continuem a ocupar os lugares, penalizando os cidadãos.
O vereador destacou, além disso, "a necessidade de um planeamento sério, incluindo novos parques em zonas limítrofes, melhoria dos transportes públicos e uma visão integrada de mobilidade urbana".
“Existe um Plano de Mobilidade Urbana Sustentável aprovado em 2018. Se está desactualizado, compete ao executivo actualizá-lo e adaptá-lo”, afirmou, lembrando que o anterior executivo PSD/CDS não fez a revisão necessária nem investiu em soluções eficazes.