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Madeira

Sindicato acusa administração do CARAM e Governo Regional de falsear dados

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O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais - Sul e Regiões Autónomas veio a púnblico, esta quarta-feira, através de comunicado, acusar a administração do Centro de Abate da Região Autónoma da Madeira (CARAM) e o Governo Regional de tentarem "falsear os factos" com percentagens que "enganam a opinião pública" sobre os aumentos salariais propostos aos trabalhadores.

A estrutura sindical contesta o comunicado enviado pela administração do CARAM à imprensa, no qual é referido que o sindicato não aceitou um aumento de 32,65% no subsídio de risco. Segundo o coordenador Nelson Pereira, a realidade é bem diferente: esse aumento corresponde apenas a um euro.

Centro de Abate da Madeira apresenta nova proposta de valorização salarial aos seus trabalhadores

É a resposta à contraproposta apresentada na semana passada pelo Sindicato que representa os funcionários do CARAM

O sindicato entende que a eliminação do escalão de risco baixo beneficia apenas três trabalhadores, que passarão a receber o subsídio de risco médio, tendo um aumento de dois euros. Os restantes trabalhadores verão o subsídio de risco médio aumentar de 4,65 para 5,65 euros, e o de risco alto de 6,20 para 7,20 euros.

"É de facto impressionante como se tenta falsear os factos com valores de percentagem enganando a opinião pública, porque aos trabalhadores não enganaram", critica o sindicato na nota.

A estrutura sindical responsabiliza exclusivamente a administração do CARAM e o Governo Regional pela situação de greve, acusando-os de não aceitarem a proposta dos trabalhadores de uma actualização do subsídio de alimentação em dois euros - valor que outros trabalhadores de empresas públicas da Madeira já recebem - e a fixação de um subsídio de risco único de 7,20 euros.

Centro de Abate da Madeira pede serviços mínimos face a greve de 22 dias marcada para Dezembro

O CARAM – Centro de Abate da Madeira informou esta quinta-feira, através de comunicado, que pediu hoje ao Governo Regional da Madeira que decrete serviços mínimos a partir de 2 de Dezembro, data em que o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais pretende iniciar uma greve com duração de 22 dias.

O sindicato garante ainda que os trabalhadores estariam dispostos a levantar a greve se estas duas condições fossem aceites: um subsídio de risco único de 7,20 euros e o aumento do subsídio de refeição de seis para oito euros.

Quanto à vigência do Acordo de Empresa, que tem um período de três anos, o sindicato esclarece que nada impede que as questões pecuniárias sejam negociadas durante esse período, desmentindo a alegação de que "ceder na negociação" do acordo seria problemático.

"A verdade dos factos é essa, a culpa da existência da greve é da Administração do CARAM e do Governo Regional", conclui a nota, sublinhando o sacrifício dos trabalhadores na perda dos seus salários para reivindicarem os seus direitos.

Governo “tranquilo” mas greve no CARAM pode afectar distribuição

A greve no Centro de Abate da Madeira arrancou esta manhã com oito trabalhadores da primeira linha da sala de abate a apresentar baixa médica, situação que condicionou a operação e apanhou o Governo Regional “de surpresa”, numa altura particularmente sensível para o sector, às portas da quadra natalícia e quando havia um acordo de empresa vigente, salientou esta manhã o secreto da tutela.