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Madeira

Centro de Abate da Madeira apresenta nova proposta de valorização salarial aos seus trabalhadores

É a resposta à contraproposta apresentada na semana passada pelo Sindicato que representa os funcionários do CARAM

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O CARAM – Centro de Abate da Madeira apresentou, esta terça-feira, uma nova proposta de valorização salarial aos seus trabalhadores, em resposta à contra-proposta apresentada na semana passada pelo sindicato que os representa.

Trabalhadores do Centro de Abate apresentam contraproposta

Sindicato exige revisão do subsídio de risco e do subsídio de refeição

Apesar de sentir que o espaço para entendimento ficou condicionado, antes mesmo das conversações começarem, com um pré-aviso de greve de 22 dias no mês de Dezembro, a administração do CARAM, que fala de uma "prova de boa-fé", não virou costas aos seus trabalhadores e procurou, dentro das suas possibilidades, apresentar "soluções reais e sustentáveis" que valorizassem as equipas e respondessem às suas preocupações.

Foi imbuído desse espírito que o CARAM apresentou, esta terça-feira, aos trabalhadores, uma proposta de revisão do subsídio de risco, eliminando apenas o nível baixo e reforçando significativamente os níveis médio e alto. A proposta, conforme explica o CARAM, traduz-se num aumento global de 32,65%, face aos valores atualmente em vigor, a partir de 1 de Janeiro de 2026. Trata-se de um esforço financeiro máximo, assumido com sentido de responsabilidade e respeito pelos trabalhadores, ainda que num quadro orçamental extremamente restrito.

Já o Acordo de Empresa, assinado em Abril de 2024 e válido até Abril de 2027, representa por si só um investimento adicional de aproximadamente 110.000 euros direccionados para a valorização dos colaboradores. Este compromisso financeiro é contínuo e demonstra a prioridade que o CARAM atribui às suas pessoas.

Relativamente ao subsídio de alimentação, o CARAM mantém-se impossibilitado de aceitar a contraproposta apresentada pelo Sindicato, pois tal implicaria criar desigualdades injustificadas face ao regime aplicado aos trabalhadores da Administração Pública, princípio de que a empresa não pode nem quer violar.

Ainda assim, e numa atitude de total abertura, o CARAM reafirma a sua disponibilidade para, ao longo de 2026, iniciar os trabalhos preparatórios para a revisão da tabela salarial a integrar no próximo Acordo de Empresa, a vigorar a partir de Maio de 2027.

O CARAM respeita plenamente o direito à greve, mas apela ao "bom senso do Sindicato" para que seja possível alcançar uma solução equilibrada, que tenha em conta tanto as legítimas expectativas dos trabalhadores, como as limitações financeiras e legais que regem a gestão responsável de dinheiros públicos.