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A Guerra Mundo

Zelensky transmitiu a líderes europeus resultados do encontro com Trump

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Foto EPA

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, falou hoje com os homólogos da Finlândia e da Letónia, Alexander Stubb e Edgars Rinkevics, e com o chanceler alemão, Friedrich Merz, sobre o seu encontro de domingo com o líder norte-americano, Donald Trump.

A informação foi divulgada depois de uma reunião de cerca de três horas entre Zelensky e o homólogo norte-americano, Donald Trump, na Florida, durante a qual ambos indicaram progressos rumo a um acordo de paz, embora tenham reconhecido que subsistem "questões espinhosas" por resolver.

Os dois líderes anunciaram ainda a criação de "grupos de trabalho" entre a Rússia e a Ucrânia para finalizar um eventual acordo "nas próximas semanas", sem avançar datas ou locais.

Zelensky publicou três mensagens na sua conta na rede social Telegram para relatar estas conversas com o trio de líderes europeus, agradecendo o seu envolvimento nos esforços diplomáticos em curso para promover a paz na guerra entre Ucrânia e a Rússia.

"Obrigado, Friedrich, pelos teus conselhos e constante coordenação", destacou Zelensky sobre a sua conversa com o chanceler alemão.

O governante ucraniano abordou com Merz aquilo que chamou a mentira de Moscovo, em referência a relatos de um alegado ataque ucraniano a uma residência pertencente ao Presidente russo Vladimir Putin, e transmitidos hoje pelo ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov.

"Moscovo está a tentar sabotar a diplomacia e justificar o prolongamento da guerra. Putin precisa de se habituar à ideia de que deve pôr fim à guerra, aos ataques e ao derramamento de sangue", alertou Zelensky.

Na mensagem onde divulgou a conversa com o chefe de Estado letão, o líder ucraniano sublinhou que as "notícias falsas" transmitidas pelos russos "confirmam a qualidade" dos encontro e da comunicação com Washington.

"Embora os russos estejam a espalhar notícias falsas para justificar os seus ataques à Ucrânia e prolongar ainda mais esta guerra, as principais agências de informação do mundo precisam de ter acesso a informações precisas", acrescentou Zelensky, relatando a sua conversa com Stubb.

"Estamos a preparar-nos para novos encontros na Europa, e é importante que tudo seja o mais produtivo possível e que, juntos, combatamos as tentativas russas de sabotar a diplomacia", acrescentou Zelensky.

Segundo Zelensky, o encontro de domingo com Trump serviu, entre outras coisas, para reafirmar as "fortes garantias de segurança" dos Estados Unidos à Ucrânia e para propor um pacote de apoio ao país invadido assim que a guerra terminar.

Na sexta-feira e no sábado, Zelensky já tinha discutido com vários líderes europeus os esforços diplomáticos para um acordo de paz na Ucrânia, após anunciar um encontro na Florida com o homólogo norte-americano, Donald Trump.

O Presidente ucraniano e negociadores de Kiev falaram hoje por telefone com o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, para coordenar as próximas etapas de um plano de paz para a Ucrânia.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.