Ataque armado em zona turística causa seis mortos no Equador
Seis pessoas, incluindo uma menina de dois anos, foram mortas no domingo num ataque armado no município costeiro de Puerto López, na província de Manabí, oeste do Equador.
O chefe da polícia de Manabí, coronel Wladimir Acurio, disse que homens armados com espingardas numa carrinha preta e em duas motos chegaram a uma zona do passeio de Puerto López e "abriram fogo contra as pessoas que compravam e vendiam marisco".
Além dos seis mortos, outras três pessoas ficaram feridas no ataque.
Acurio indicou que, após as operações iniciais, foi possível encontrar uma das motos alegadamente utilizadas pelos autores do ataque e que equipas especializadas estavam a realizar várias rusgas para capturar aqueles que "tentavam gerar medo e instabilidade" em Puerto López e Manabí.
Segundo relatos dos meios de comunicação locais, pelo menos outras três pessoas terão sido assassinadas desde sábado no mesmo concelho, um destino popular para a observação de baleias.
O ministro do Interior, John Reimberg, afirmou horas depois que a polícia foi "mobilizada em todo o município para identificar e capturar os responsáveis pelos acontecimentos ocorridos esta manhã".
"Não haverá impunidade. Os culpados serão encontrados, onde quer que estejam escondidos", escreveu Reimberg, nas redes sociais.
O Estado "agirá com toda a sua força" e não descansará enquanto os culpados não forem levados "para onde merecem estar: na prisão", acrescentou o ministro, que se deslocou a Puerto López.
Manabí é uma das cinco províncias sob estado de emergência decretado em novembro pelo Presidente equatoriano, Daniel Noboa, devido aos elevados índices de violência criminal.
Além disso, o Equador vive sob um "conflito armado interno" desde 2024, declarado por Noboa para intensificar a luta contra os grupos de crime organizado, que o Governo responsabiliza pela escalada sem precedentes da violência nos últimos anos no país andino, que em 2025 registou, em média, um homicídio por hora.