JPP rejeita orçamento que gasta "22 milhões em campos de golfe"
"Temos um orçamento segundo os propósitos e objetivos políticos do PSD e, quiçá, com alguma sugestão do CDS. Este não é um orçamento alinhado com aquilo que defende o JPP! É sim um orçamento que reflete o modus operandi de governação do PSD: governar-se primeiro e só depois governar para o Povo", afirmou Paulo Alves.
Um orçamento para 2026 que, refere o deputado do JPP, demonstra "uma preocupação em manter uma pesada máquina governativa, em que sejam integrados todos os quadros do PSD e CDS, o que resulta numa máquina despesista e desenquadrada do modelo de gestão governativo pautado pela equidade entre despesa e rentabilidade! Gasta-se muito para produzir pouco e para poucos".
Paulo Alves destaca as "nomeações de técnicos especialistas! Lugares para quase 90 nomeações, para uma despesa de quase 4 milhões de euros! E aqui, cito S. João quando se referiu às palavras de Jesus: “Daqueles que me deste, nenhum se perdeu!” Assim faz o PSD e CDS: tudo controlado, ninguém é esquecido2
Quem governa, diz, "ignora as mais de 53 mil pessoas na Região, em risco de pobreza e exclusão social. A prova de que a nossa região tem uma elevada taxa de risco de pobreza e de exclusão social".
Os cortes na saúde e na habitação foram destacados pelo deputado que compara com as despesas previstas para campos de golfe.
um governo que "vive a pensar no golfe no Porto Santo e esquece os reais problemas que estão a surgir na ilha".
"Um orçamento que aposta na construção de campos de golfe antes de construir lares ou colmatar falhas na Saúde. Um orçamento que irá fazer os contribuintes pagar, em 2026, a quantia de 22,7 milhões de euros para campos de golfe, ou seja, mais 60 mil euros por dia", protesta.
Toda esta despesa "para o Povo pagar, sem contabilizar a construção de uma lagoa na Ponta do Pargo, em que se irá gastar 10 milhões de euros para abastecer o campo de golfe".
Tudo isto para, diz, "atrair turismo de luxo, pois o golfe é para os turistas ricos e não para os madeirenses".
O JPP apresenta propostas para das quais destaca:
· a criação “efetiva” do Gabinete da Transparência e Combate à Corrupção;
· a descida das taxas normal e intermédia do IVA;
· um compromisso formalizado com as autarquias para a construção de habitação acessível;
· o reforço financeiro para o programa extraordinário de combate às listas de espera;
· aumentar o preço da banana pago ao produtor e fixar um preço mínimo para a cana-de-açúcar;
· modernizar a frota pesqueira e o reforço em dois milhões de euros para a renovação da frota do peixe-espada-preto;
· aumentar em 30€ o complemento regional para idosos.
O JPP quer ver, ainda, consagrado neste orçamento para 2026, a decisão política do Governo PSD/CDS para que haja uma ligação de transporte marítimo regular de passageiros e carga por ferry, entre a Madeira e o Continente.
O JPP pretende, ainda, que o Governo atribua um subsídio de risco a todos os trabalhadores dos Serviços de Instalações e Equipamentos (SIE) do SESARAM, que, durante o ano de 2021, tenham praticado, de forma continuada e relevante, atos diretamente relacionados com doentes com Covid-19 e não esquecer o pagamento devido aos profissionais de saúde que participaram no programa extraordinário de recuperação das listas de espera para cirúrgicas, (não esquecer que alguns profissionais estão à espera do pagamento há mais de 2 anos!), bem como a revisão em baixa do tarifário do parque de estacionamento do Hospital Dr. Nélio Mendonça.