PCP apela à mobilização dos trabalhadores para a greve
Na véspera da greve geral de 11 de Dezembro, quinta-feira, o PCP intensificou as acções de contacto directo com os trabalhadores, levando esclarecimento e mobilização "para esta importante jornada de luta". No Parque Empresarial da Cancela, o dirigente do PCP Ricardo Lume destacou aquilo que está verdadeiramente em causa com o pacote laboral apresentado pelo Governo da República (PSD/CDS), caso este não seja rejeitado.
Durante a iniciativa, Ricardo Lume sublinhou que "todos os trabalhadores da Região estão abrangidos pelo pré-aviso de greve geral, trabalhadores do sector público e privado, sindicalizados ou não sindicalizados".
"Todos têm o direito constitucional de fazer greve, não precisam de informar a entidade patronal e não podem ser coagidos ou chantageados para não exercer esse direito", salienta.
O dirigente afirmou ainda que a greve é uma forma legítima e necessária de luta, através da qual os trabalhadores demonstram o seu papel essencial no funcionamento diário da sociedade e exigem o respeito e a valorização que lhes são devidos enquanto principais criadores da riqueza no País e na Região.
Ricardo Lume denunciou também que “lamentavelmente, o próprio Governo Regional está a tentar condicionar o direito à greve ao decretar serviços mínimos que, na prática, são verdadeiros serviços máximos.
O PCP reafirma que esta greve geral "é justa, como absolutamente necessária". E prossegue: "Num momento em que se proclama o crescimento da economia, o aumento da produtividade e a evolução tecnológica que simplifica processos, aquilo que se impunha era uma revisão da legislação laboral que garantisse melhores condições de trabalho, maior segurança no emprego e direitos reforçados".
Contudo, diz, "o pacote laboral do Governo da República representa exactamente o contrário: uma autêntica declaração de guerra aos trabalhadores".
E acrescenta: "As medidas propostas aprofundam os baixos salários, facilitam despedimentos sem justa causa, agravam a precariedade, desregulam horários de trabalho e impõem mais exploração e menos direitos".
O PCP apela a todos os trabalhadores da Região do sector público e privado, sindicalizados e não sindicalizados a aderirem massivamente à greve geral e a participarem na concentração de trabalhadores em luta, amanhã, às 11h30, junto à Assembleia Regional.
E concluiu: "Só a luta dos trabalhadores poderá derrubar a política de exploração e empobrecimento, os seus executores e este pacote laboral que quer roubar direitos, rendimentos".