Deputado madeirense do Chega acusa governos de falharem alargamento da quota do atum
O deputado do Chega (CH), Francisco Gomes, eleito pelo círculo eleitoral da Madeira, "denunciou aquilo que considera ser 'um falhanço político monumental' do Governo Regional da Madeira e do Governo da República, depois de a ICCAT (Comissão Internacional para a Conservação dos Tunídeos do Atlântico) ter recusado rever as quotas de atum atribuídas a Portugal e à Região Autónoma da Madeira na sua reunião mais recente", denuncia.
Declarações, lê-se numa nota enviada esta manhã, que "foram feitas à margem de reuniões de trabalho que o CHEGA está a manter em Bruxelas com a Comissão das Pescas do Parlamento Europeu, dedicadas especificamente ao tema da pesca madeirense".
Francisco Gomes garante ter afirmado que "esta decisão internacional é o reflexo directo da incompetência com que a Madeira e a República têm gerido o dossier das pescas, incapazes de explicar à ICCAT que a pesca regional é artesanal, sustentável, baseada em técnicas seculares e completamente distinta de outras práticas depredadoras". Para o deputado, "o Governo Regional continua a falhar na defesa dos pescadores da Madeira".
O parlamentar madeirense acusa ainda o Governo Regional de "passar mais tempo a vender números errados à comunicação social do que a trabalhar seriamente pela defesa da pesca artesanal" e denuncia, igualmente, "a perseguição política a pescadores que apoiam" o CH, considerando que "esta atitude revela uma total falta de compromisso com quem vive do mar", lamenta.
"O Governo Regional está a matar as pescas. Esta incompetência gritante está a arruinar a vida de quem trabalha no mar. Oito barcos ficaram em terra na última época e muitos talvez nunca mais voltem ao mar. Isto é um crime político que estão a fazer na Madeira", atira.
O deputado na Assembleia da República "alerta que o setor está num estado de degradação acelerada e que as consequências da omissão política são a perda de rendimento, embarcações paradas, famílias em desespero e um setor que corre o risco de desaparecer". E conclui: "As pescas estão a morrer e os pescadores estão completamente abandonados. É vergonhoso ver governos incapazes, distraídos e submissos, enquanto famílias inteiras perdem o seu sustento. O CHEGA não aceitará este abandono e vamos sempre defender os pescadores com verdade e coragem, doa a quem doer."