JPP alerta para riscos de um “envelhecimento sem saúde”
O deputado Basílio Santos criticou, esta manhã, na Assembleia Legislativa da Madeira, a falta de resposta do Serviço Regional de Saúde em várias áreas, nomeadamente ao nível dos tempos máximos de resposta garantida, das listas de espera, dos cuidados continuados ou dos cuidados paliativas.
O parlamentar lembrou que, nas últimas três décadas, a Madeira contabilizou mais 25 mil idosos, mas apontou que os serviços não acompanham os desafios do envelhecimento.
"Continuamos com um serviço de saúde sem capacidade de resposta, sem fazer cumprir o direito dos utentes e pior, sem proporcionar uma alternativa a esta falta de capacidade do SESARAM, seja para consultas da especialidade, para cirurgias, para terapias ou para exames de diagnóstico".
Basílio Santos que alertou ainda que as respostas nem sempre são as mais acertadas e "por vezes verificamos graves atropelos dos direitos daqueles que durante uma vida contribuíram com o seu trabalho para uma terra que se diz desenvolvida e geradora de riqueza".
Nos pedidos de esclarecimento, Isabel Garcês, do PS, disse que o plano regional para o envelhecimento activo caducou em 2019. "Cuidado o Governo Regional dos nossos idosos ou deixa-os ao abandono com uma retórica de país das maravilhas", questionou. Também a socialista Sílvia Silva pediu que a demografia seja colocada no centro da estratégia do Executivo Regional.
Paulo Alves, do JPP, denunciou as obras apresentadas em tempo eleitoral, mas que não saem do papel.
Miguel Castro, do Chega, acusa o JPP de demagogia, nomeadamente sobre a questão dos lares, defendendo que a melhor resposta social para os idosos seria com cuidados ao domicílio.