Eurodeputadas grávidas vão poder delegar direito de voto
O Parlamento Europeu (PE) aprovou hoje uma alteração legislativa para possibilitar a eurodeputadas grávidas delegarem o direito de voto em plenário noutro colega enquanto estão ausentes, até três meses antes do parto e seis meses depois de nascimento.
A alteração legislativa foi aprovada com 605 votos favoráveis, 30 contra e cinco abstenções.
Depois da aprovação, a presidente do PE, Roberta Metsola, cerrou o punho e sorriu. Ao abrir a discussão, Roberta Metsola disse que era uma "proposta histórica" e disse esperar que os 27 países da União Europeia -- que ainda têm de dar luz verde à alteração legislativa -- "estejam de acordo" com uma questão que devia ter sido altera "há muito tempo", adaptando o Parlamento Europeu "ao século XXI".
"Nenhuma mulher deveria ter de escolher entre servir os seis eleitores ou ter filhos", comentou.
A votação foi antecedida por declarações dos grupos políticos representados no hemiciclo e a generalidade dos intervenientes disse apoiar esta alteração legislativa, mas houve eurodeputados, nomeadamente os da Esquerda, que criticaram a exclusão dos pais desta proposta.
O socialista espanhol Juan Fernando López Aguilar, que foi o relator, considerou que a proposta hoje aprovada "reforçar a representação democrática e assegura que a voz dos eleitores continua a ser escutada".
Hoje, até ao crivo dos Estados-membros, as eurodeputadas grávidas prescindiam do direito de voto por não poderem comparecer nos plenários.