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Eleições Autárquicas Madeira

Candidata da IL defende revisão do PDM do Funchal

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O Plano Diretor Municipal (PDM) do Funchal está desatualizado, disse hoje a candidata da Iniciativa Liberal (IL) à presidência da principal câmara da Madeira, comparando a estratégia a "um grande caudal de água" a querer entrar num copo.

"O PDM do Funchal precisa de revisão. A última vez que se olhou tecnicamente para o PDM foi em 2015, quando ele foi fechado. Depois demorou três anos a aprovar, isso tem a ver com as dificuldades habituais que sentimos na ação pública", afirmou Sara Jardim no âmbito de uma ação de campanha das eleições autárquicas do próximo domingo, no Largo do Colégio, em frente à Câmara Municipal.

No entender da cabeça de lista da IL, o PDM do Funchal tem "10 anos de atraso face às alterações substanciais que existiram não só a nível regional, como nacional e mundial".

A candidata argumentou que a geoestratégia mundial se alterou "significativamente e a cidade precisava ter crescido da mesma forma que cresceu também a sua atividade económica". Porém, lamentou, o concelho ficou "parado no tempo".

"E o que sentimos é que como se tivéssemos um grande caudal de água para entrar dentro de um copo que não contempla mais volume", sustentou, opinando que os responsáveis deviam ter estado este "tempo todo a planear de que forma é que esse vaso, esse copo devia ser cada vez maior para poder contemplar este caudal".

A candidata apelou ao voto na IL e assegurou ter uma "equipa que tem histórico profissional e pessoal de cumprir objetivos de atingir resultados sem ter nunca precisado da política ou dos meandros políticos".

Sara Jardim considerou que esta candidatura é "a única equipa verdadeiramente isenta que está imbuída desta ação missionária de querer fazer melhor pela cidade".

Numa alusão ao estudo de opinião publicado hoje no matutino regional Jornal da Madeira que dá a vitória à coligação PSD/CDS-PP no Funchal, sendo o PS a segunda força e com o JPP e o Chega a entrarem na vereação, a cabeça de lista argumentou que a melhor forma de prever o futuro "é olhar para o passado".

Sobre o PSD, que esteve nos últimos quatro à frente dos destinos da câmara municipal, referiu que "não teve a capacidade de atualizar o PDM, não teve a capacidade de desburocratizar licenciamentos, não teve a capacidade de reduzir taxas". E deu a habitação como exemplo de que "a inoperância é grande".

Os socialistas, referiu, "também não têm um histórico particularmente feliz", visto que governaram o Funchal durante oito anos e aprovaram "um PDM que claramente não serve porque já está a precisar de revisão". Até a nível nacional o PS teve, na sua leitura, um "Governo que a única coisa que fez em prol da habitação foi rever uma lei do arrendamento que apenas piorou o panorama" existente.

No caso do JPP, apontou que "está há 12 anos na Câmara Municipal de Santa Cruz e ainda não foi capaz de aprovar o seu próprio PDM e, portanto, não se augura que consiga fazer muito melhor".

Por seu turno, para a candidata, o Chega está representado na candidatura no Funchal por "uma pessoa que tinha determinadas aspirações no PSD que não conseguiu converter, e arranjou esta barriga de aluguer".

O atual executivo do Funchal, chefiado por Cristina Pedra, é composto por seis eleitos da coligação PSD/CDS-PP e cinco sem pelouro da coligação Confiança, liderada pelo PS.

Nas autárquicas de domingo, candidatam-se à Câmara do Funchal Paulo Azevedo (Nova Direita), Mónica Freitas (PAN), Marta Sofia (Livre), Luís Filipe Santos (Chega), Rui Caetano (PS), Miguel Pita (ADN), Fátima Aveiro (JPP), Raquel Coelho (PTP), Válter Rodrigues (MPT), Jorge Carvalho (coligação PSD/CDS-PP), Ricardo Lume (CDU -- coligação PCP/PEV), Sara Jardim (IL), Liana Reis (RIR) e Dina Letra (BE).