Portugal chorava a morte de Amália há 26 anos
‘Canal Memória’ recua até 1999
A fadista portuguesa Amália Rodrigues morreu, em Lisboa, a 6 de Outubro de 1999. No dia seguinte, a imprensa portuguesa prestava homenagem a uma das maiores vozes do nosso país e o DIÁRIO não ficou indiferente.
Na edição de 7 de Outubro de 1999, o DIÁRIO contava três páginas dedicadas à artista, encarada como um “símbolo de Portugal”. A fadista tinha 79 anos e foi encontrada já sem vida pela sua secretária pessoal, na manhã de 6 de Outubro, na cama.
Jorge Sampaio, à época Presidente da República, agradeceu o “serviço notável de identificação” com os portugueses, muitos deles espalhados pelo mundo. "Portugal perdeu uma das maiores figuras da sua cultura e simultaneamente todos perdemos alguém que fazia parte da nossa vida, da nossa afectividade, da nossa imaginação, da nossa identidade", referiu António Guterres, que na época desempenhava funções de Primeiro-ministro.
Amália Rodrigues estreou-se em 1939 com o álbum ‘Retiro da Severa’ e editou o seu último disco, ‘Segredos’, em 1997. Passou por vários palcos internacionais, levando a música portuguesa aos quatro cantos do mundo.
João Carlos Abreu contou que “Amália amava a Madeira’, ilha que visitou várias vezes. Sentia que o povo da Madeira tinha por ela uma grande ternura, demonstrada em várias ocasiões. Recorda, inclusive a primeira vez que Amália visitou a Região: “Parou o trânsito na Rua 31 de Janeiro”.