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A Guerra Mundo

Rússia destrói 130 drones ucranianos em 14 regiões

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As defesas aéreas da Rússia abateram durante a última madrugada 130 drones ucranianos em 14 regiões do país, um deles perto de Moscovo, informou hoje o Ministério da Defesa russo, na plataforma de mensagens Telegram.

"Durante a noite, entre as 23:00 do dia 30 de outubro e as 08:00 do dia 31 de outubro [das 20:00 de quinta-feira às 05:00 de hoje], as defesas aéreas intercetaram e destruíram 130 drones ucranianos de asa fixa", referiu o relatório militar.

Do total dos drones, 81 foram abatidos nas cinco regiões fronteiriças com a Ucrânia, sendo a mais afetada Kursk, zona onde foram destruídas 31 aeronaves não tripuladas.

O comando militar russo informou que um drone ucraniano foi abatido perto da capital.

Devido aos ataques com drones, as autoridades russas suspenderam temporariamente as operações nos aeroportos de Volgogrado, Kaluga, Yaroslavl e Tambov, que retomaram as atividades assim que a ameaça à segurança de voo cessou.

O antigo ministro da Defesa e atual secretário do Conselho de Segurança russo, Sergei Shoigu, admitiu que o número de ataques com drones ucranianos aumentou consideravelmente nos últimos tempos.

"Se há dois anos falávamos de algumas unidades, depois passaram a ser dezenas, e agora estamos a falar de centenas", disse Shoigu, que sublinhou, no entanto, que apenas um em cada 100 drones ucranianos atinge alvos em território russo.

Os ataques com drones ucranianos intensificaram-se após o cancelamento de uma cimeira, prevista para Budapeste, entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo norte-americano, Donald Trump, na semana passada.

Após o anúncio, Trump adotou as primeiras sanções contra Moscovo durante o segundo mandato presidencial do republicano.

As perdas anuais russas com as novas sanções contra o setor petrolífero poderão ascender até 50 mil milhões de dólares (42,3 mil milhões de euros), segundo estimativas divulgadas na quinta-feira pelo Presidente ucraniano.

Trata-se da primeira estimativa da Ucrânia sobre o custo que a Rússia terá de suportar com as sanções aplicadas aos dois gigantes do setor petrolífero, Lukoil e Rosneft, recentemente anunciadas por Trump.

"Prevemos que, se a pressão sobre Moscovo continuar de forma sólida e coerente, as perdas causadas apenas pelas medidas recentemente impostas ascenderão a pelo menos 50 mil milhões de dólares", escreveu Volodymyr Zelensky nas redes sociais.

As estimativas citadas por Zelensky constam de um relatório dos serviços secretos da Ucrânia, segundo a agência de notícias EFE.

As sanções dos Estados Unidos, da União Europeia e de outros aliados de Kiev visam afetar a capacidade da Rússia de financiar o esforço de guerra na Ucrânia, país que Moscovo invadiu em fevereiro de 2022.

Zelensky mostrou-se confiante de que os parceiros de Kiev vão em breve impor novas sanções às exportações de petróleo russo.