PM avisa que margem "é muito curta" e pede à oposição que "deixe o Governo trabalhar"
O primeiro-ministro avisou hoje que a margem para alterações à proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2026 "é muito curta" e apelou à oposição para que "deixe o Governo trabalhar", aprovando o documento.
Luís Montenegro falava na abertura do debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), que decorre entre hoje e terça-feira na Assembleia da República.
Numa intervenção inicial em que gastou 21 dos 70 minutos do Governo disponíveis para o primeiro dia de debate, Montenegro disse que "a margem para alterações orçamentais é evidentemente curta, é mesmo muito curta".
"Isso exigirá elevado sentido de responsabilidade a todos na apreciação e na decisão da Assembleia da República desta proposta de Orçamento do Estado", afirmou, acrescentando que se vive "num contexto internacional de incerteza e insegurança".
O primeiro-ministro defendeu que "só há uma alternativa para a estabilidade do país, para a estabilidade económica, para a estabilidade financeira, para a estabilidade política: aprovar o orçamento do Estado para 2026".
"Todos sabemos que há muito para fazer, mas também todos ouvimos a voz firme e repetida dos portugueses. A voz firme e repetida dos portugueses disse e diz: deixem o governo trabalhar. E eu acrescento: com todas as diferenças, na discussão democrática, façam todos parte do trabalho pelo futuro de Portugal", pediu.