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Madeira

Sindicato dos Jornalistas repudia pressões sobre jornalistas na Câmara do Funchal

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A Direcção Regional da Madeira do Sindicato dos Jornalistas emitiu, este sábado, um comunicado em que condena as pressões exercidas sobre três jornalistas durante a cobertura de um evento público realizado na sexta-feira na Câmara Municipal do Funchal.

O incidente ocorreu aquando da apresentação do 'Livro de Honra da Câmara Municipal do Funchal', cerimónia para a qual "a comunicação social foi convocada", segundo o comunicado do Sindicato.

Profissionais do JM, DIÁRIO e RTP-Madeira "foram alvo de pressões” por parte de assessores da Câmara Municipal do Funchal “no sentido de condicionar o exercício das suas funções", refere o Sindicato.

A estrutura sindical refere que as jornalistas noticiaram que Pedro Calado, ex-presidente da autarquia que renunciou ao cargo após detenção por suspeitas de corrupção, discursou num acto interno antes da cerimónia pública.

O Sindicato denuncia que as jornalistas em questão foram abordadas por assessores que as acusaram de invadir uma sessão privada, "sugeriram que o facto supramencionado não era passível de notícia e tentaram dar indicações de como deveriam ter feito o seu trabalho". Os assessores chegaram "mesmo a invocar o Código Deontológico para questionar a ética das jornalistas".

Segundo o comunicado, "foram feitos telefonemas para as redacções de ambos os jornais regionais, numa tentativa clara de limitar a liberdade de imprensa".

O Sindicato sublinha que "a partir do momento que permitem o jornalista entrar no edifício tudo aquilo que ele vê (com o olhar de jornalista) é passível de ser noticiado" e recorda que "o jornalista tem um compromisso com o público e não com os assessores".

A organização alerta que "impedir o acesso à informação e condicionar o trabalho do jornalista é passível de ser punido por lei".

Entretanto, o DIÁRIO, enquanto órgão de comunicação social, informa os seus leitores que publicou a notícia em causa, pelo que a sua direcção estranha este posicionamento da Direcção Regional da Madeira do Sindicato dos Jornalistas.

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Sobre os telefonemas para a redacção, a direcção do DIÁRIO esclarece que não configura tentativa de limitar a liberdade de imprensa, mas, sim, de denúncia de intromissão numa suposta reunião de carácter privado que ocorreu antes da cerimónia pública.