MPT defende mais formação em protecção civil no Funchal
A candidatura do MPT à Câmara do Funchal considera que a Protecção Civil é uma área essencial e transversal à governação autárquica, mas revela ter dúvidas sobre o cumprimento de toda a legislação vigente de combate a incêndios no município do Funchal, nomeadamente, a nível da formação dos trabalhadores para combate a fogos e número de hidrantes públicos nas zonas mais antigas.
É nesse sentido que, através de comunicado, o partido apresenta uma série de medidas que considera ser primordiais neste área de governação.
Desde logo, no que diz respeito à mobilidade e acessos, aponta que "muitas zonas do concelho enfrentam dificuldades de socorro devido ao estacionamento abusivo e à inexistência de acessos rodoviários". Por isso, propõe "sensibilizar o Governo Regional para a implementação de transportes públicos gratuitos, reduzindo a dependência do automóvel; criar três zonas de parqueamento com transfer gratuito às entradas do Funchal; instalar uma rede inteligente de semáforos que permita a circulação rápida dos agentes de Proteção Civil e a interdição temporária de vias; e, com o apoio da população, desenvolver novas vias rodoviárias e bolsas de estacionamento".
No que respeita a zonas de risco, inscritas, no PDM, embora o MPT defenda o aumento da área e densidade de construção, "será absolutamente proibida qualquer edificação em zonas de perigosidade máxima".
Por outro lado, o partido denuncia a "injusta desigualdade salarial entre bombeiros voluntários profissionais e bombeiros sapadores, a paralisação de viaturas por entraves burocráticos e a necessidade urgente de construir um novo quartel para os bombeiros sapadores".
O MPRT aponta que "a maioria da população desconhece procedimentos básicos em caso de emergência, como a utilização de extintores e carretéis; manobras de suporte básico de vida e de desobstrução das vias respiratórias; locais para onde se dirigir em caso de emergência, nomeadamente, em casos de incêndio, aluvião, inundação, queda de árvores em cima de habitações, escorregamentos e desabamentos, arranque de telhados, moradias ruídas ou sem condições de habitabilidade, etc…", pelo que, se compromete a promover uma política de proximidade, disseminando estes conhecimentos junto da população.
Além disso, considera que os cidadãos devem participar activamente na elaboração do Plano de Emergência e Proteção Civil, identificando riscos localizados e locais frequentados por pessoas vulneráveis.
Por fim, indica que "os bombeiros muitas vezes têm que esperar muito tempo pela intervenção da PSP (quer a interromper ruas, quer a auxiliar na deslocação dos meios destes profissionais, quer a abrir portas).Esta situação deve-se aos escassos meios policiais. Em face do exposto, o MPT propõe a criação de uma polícia municipal para libertar meios da PSP".