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Madeira

Cafôfo acusa Miguel Albuquerque de "falta à palavra" em relação ao IRS

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O presidente do PS-Madeira acusou, hoje, Miguel Albuquerque, de faltar à palavra dada aos madeirenses. Em causa está o facto de se confirmar que o diferencial fiscal de 30% no IRS afinal não será aplicado em todos os escalões, "ao contrário do que o presidente do Governo Regional tinha anunciado".

“Mais uma vez, o Governo Regional promete uma coisa e faz outra. Albuquerque anunciou que os madeirenses teriam um alívio fiscal de 30% em todos os escalões do IRS, mas, afinal, voltou atrás", indica Paulo Cafôfo, apontando que "isto é um engano deliberado, que retira confiança e penaliza sobretudo a classe média, a que mais contribui, a que mais paga impostos e a que mais sente as dificuldades".

Num comunicado enviado à imprensa, o socialista indica que os dados mais recentes "confirmam a contradição entre a propaganda e a realidade": "a Região arrecadou mais 10,4% de IRS relativamente ao mesmo período do ano passado, e até Agosto já acumulava um excedente orçamental de 115 milhões de euros", explica.

“Isto significa que há dinheiro de sobra nos cofres do Governo, mas o executivo prefere engordar o saldo em vez de aliviar as famílias madeirenses, que vivem com salários baixos, com poder de compra inferior à média nacional e com enormes dificuldades para arrendar ou comprar casa”, sublinhou o líder socialista.

Para Paulo Cafôfo, o problema da habitação não se resolve apenas com mais construção ou com apoios pontuais, mas também com rendimentos justos. “Enquanto a classe média for sufocada com impostos elevados e salários baixos, não terá capacidade para arrendar ou comprar casa. Albuquerque tem consciência disso, mas prefere apertar ainda mais o garrote fiscal, alimentando a máquina governativa em vez de investir nas pessoas”, criticou.

Cafôfo considera que “a governação de Miguel Albuquerque está desligada da realidade das famílias madeirenses” e exige que o excedente seja usado para reduzir a carga fiscal e para apoiar quem mais precisa. “Não é admissível que, em plena crise de habitação e com o custo de vida a subir, o Governo Regional se vanglorie de excedentes orçamentais conseguidos à custa do sacrifício dos madeirenses".