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Orçamento Regional Madeira

"Este é um Orçamento de continuidade", afirma Gonçalo Maia Camelo

IL alerta para o aumento dos custos na saúde e a estagnação do Centro Internacional de Negócios da Madeira

Foto Rui Silva/Aspress
Foto Rui Silva/Aspress

À saída da audiência com o secretário regional das Finanças, o líder regional da Iniciativa Liberal, Gonçalo Maia Camelo, afirmou que o novo Orçamento Regional "é um Orçamento de continuidade". A posição, disse, "foi de certa forma confirmada", uma vez que o documento "não trará grandes novidades", nomeadamente no domínio fiscal.

Segundo o também deputado liberal, a margem de manobra da Região Autónoma da Madeira para adotar medidas fiscais próprias "é muito limitada". "Já só há dois ou três escalões em que é possível intervir, e o Governo Regional não admite baixar o IVA. Portanto, não há muito por onde mexer na fiscalidade", sublinhou.

Entre as preocupações transmitidas ao executivo, Gonçalo Maia Camelo destacou o custo crescente da saúde. Apesar do investimento "significativo e massivo" do Estado e da Região, "não se verificam melhorias evidentes de produtividade nem da qualidade dos serviços prestados aos cidadãos". Para o deputado, "a única solução que tem sido adoptada é despejar dinheiro em cima do problema, quando o modelo actual manifestamente não tem funcionado".

O liberal alertou ainda para a estagnação do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM), que considera "altamente prejudicial para a economia madeirense". Essa situação, referiu, "acentua a dependência do turismo e dificulta a diversificação económica, essencial ao crescimento sustentado da Região".

"O turismo é uma indústria importante, mas com salários médios relativamente baixos. A Madeira precisa de atrair actividades de maior valor acrescentado, que paguem salários mais altos. O Centro Internacional de Negócios é provavelmente o único instrumento capaz de o fazer, pelo que é necessário conferir-lhe estabilidade e competitividade", concluiu.