DNOTICIAS.PT
Madeira

Nova lei da imigração “é uma boa medida”

Presidente do Governo Regional defende controlo migratório para evitar populismos e garantir coesão social

None
Foto OD

“Boa medida, sim. Eu não tenho dúvidas: a imigração descontrolada é o pior que pode acontecer a toda a gente. Porque, se não há controlo na imigração, está-se, de forma directa e indirecta, a abrir uma auto-estrada para os populismos.

As pessoas, mesmo psicologicamente, sentem-se inseguras. Em qualquer organização que não tenha determinado controlo e que não se oriente para a coesão — porque as normas existem para haver consenso sobre a convivência na sociedade — tudo o que é exterior e não controlado cria uma situação de incerteza na comunidade.

Isso leva, de facto, e tem levado na maioria dos países, a uma extrema polarização política. Essa polarização é muitas vezes alimentada não pelo apelo à razão, mas pela emoção e pelo sentimento das pessoas. Sentem-se inseguras.

Também é verdade que alguns políticos utilizam os imigrantes como bode expiatório. Mas é igualmente importante dizer que esses imigrantes, quando vêm para os países europeus, têm de cumprir as regras e as normas do país onde estão a viver.

Nos últimos anos, Portugal teve um crescimento de um milhão e meio de imigrantes. Isso não é possível, porque traz problemas sociais, financeiros, de educação e de saúde.

Uma imigração controlada, que se oriente para a integração das famílias, é bem-vinda. Ninguém está contra a imigração — aliás, Portugal, durante dezenas de anos, foi um país de emigrantes.”

As declarações foram proferidas esta tarde pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, à margem da inauguração da exposição À Escala – Desporto Automóvel, no Museu de Electricidade – Casa da Luz, no Funchal, onde também comentou a promulgação da nova lei dos estrangeiros por parte do Presidente da República.