Madeira com valores acima da média nacional neste Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza
Assinala-se hoje o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e o relatório da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), “revela melhorias, mas alerta para agravamento da situação dos idosos e das crianças e persistência de desigualdades estruturais”.
De acordo com a nota de imprensa, “os dados demonstram uma redução significativa do risco de pobreza ou exclusão social, que atinge agora 19,7% da população”. Ainda assim, “cerca de 2,1 milhões de pessoas continuam nesta situação de vulnerabilidade.
“Os números continuam inaceitáveis e revelam desigualdades profundas. Precisamos de políticas sólidas que atuem na prevenção das situações de pobreza, eliminem as suas causas estruturais e promovam o bem-comum.” Maria José Vicente, coordenadora nacional da EAPN Portugal
O relatório aponta para desigualdades territoriais mais notórias nas regiões autónomas. A Região Autónoma da Madeira apresenta 22,9%, valores que estão acima da média nacional.
Na sua mensagem para esta data, a EAPN Portugal realça que “os compromissos assumidos pela nova Comissão Europeia, que visam a criação de uma Estratégia Europeia de Combate à Pobreza, dão alguma esperança de que a pobreza passe a ser uma das prioridades na Europa”.
É nesse contexto que a Coordenadora Nacional reforça que é necessário passar à acção, dando resposta às pessoas em áreas como a habitação, o trabalho, as prestações sociais, o acesso a serviços essenciais e a falta de transparência nas instituições.
O mapa que ilustra o risco de pobreza ou exclusão social (NUTS II - 2024) mostra a Região Autónoma da Madeira em segundo lugar, com 22,9% acima da média.
No mapa do risco de pobreza monetária (NUTSS II - 2024), a Madeira permanece em segundo lugar, com 19,1%, estando apenas a Região Autónoma dos Açores à frente.
“É urgente fazer diferente: com qualidade, inovação, e a participação ativa da sociedade civil e das próprias pessoas em situação de pobreza”, conclui a EAPN Portugal, dando ênfase na criação de consensos a longo prazo e compromissos sólidos entre os diversos atores, para que se cumpra o que está consagrado na Constituição da República Portuguesa.