Campanha oceanográfica termina no Funchal a 18 de Outubro
As equipas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), do Instituto Hidrográfico (IH), do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), levam a cabo a campanha oceanográfica 'Áreas Marinhas Protegidas Oceânicas 2025' a bordo do NRP D. Carlos I, navio hidrográfico da Marinha Portuguesa. O percurso temrina no próximo sábado, no Funchal.
De acordo o IPMA, esta campanha foca-se no monte submarino Coral Patch, no complexo geológico Madeira-Tore e montes submarinos adjacentes.
A missão contemplou uma primeira fase de manutenção operacional da estação de observação oceanográfica IbMa-CSV, instalada ao largo do Cabo de S. Vicente, no âmbito da Iberian Margin Regional Facility, nó regional do consórcio europeu European Multidisciplinary Seafloor and Water Column Observatory - European Research Infrastructure (EMSO ERIC).
A campanha, que começou a 10 de Outubro na Base Naval do Alfeite, termina no próximo dia 18 no Funchal. Durante esta missão, foram realizados vários trabalhos no monte submarino Coral Patch, incluindo observações com o veículo submarino EVA, do INESC TEC, e o lançamento de três flutuadores Argo. Estes equipamentos, que fazem parte do Programa Mundial Argo, recolhem dados sobre temperatura, salinidade, oxigénio e correntes oceânicas até 2.000 metros de profundidade, enviando as informações por satélite quase em tempo real.
O IPMA coordena o projecto “Planos de gestão e monitorização de Áreas Marinhas Protegidas Oceânicas: Caracterização ecológica de montes submarinos do Complexo-Geológico Madeira-Tore e adjacentes (AMP Oceânicas)”. Financiado pelo Fundo Azul, este projecto procura contribuir para o desenvolvimento do Plano de Situação do Ordenamento do Espaço Marítimo Nacional (PSOEM), nomeadamente para a implementação da Rede Nacional de Áreas Marinhas Protegidas (RNAMP).
"As campanhas do projeto são determinantes para a caracterização da biodiversidade, dos habitats e processos biofísicos associados em zonas oceânicas com elevado valor ecológico, permitindo identificar as áreas de elevado interesse para a conservação e constituir a base científica, que servirá de suporte à gestão das atuais e futuras áreas classificadas", evidencia o IPMA.