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Madeira

Fátima Aveiro critica "ataque vil e inadmissível" de Albuquerque aos assistentes sociais

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A vereadora eleita pelo Juntos Pelo Povo (JPP) à Câmara Municipal do Funchal, Fátima Aveiro, criticou esta terça-feira, 14 de Outubro, o que classifica um "ataque vil e inadmissível" de Miguel Albuquerque aos assistentes sociais. Em causa estão às declarações proferidas pelo Presidente do Governo Regional esta manhã, na Ribeira Brava, em que afirmou que “os centros de decisão não são para assistentes sociais”.

“Centros de decisão não são para assistentes sociais”

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, deixou esta terça-feira na Ribeira Brava uma mensagem com duplo sentido político, ao afirmar que “os centros de decisão do Governo e das câmaras não precisam de assistentes sociais”.

Em nota emitida, Fátima Aveiro considera as afirmações do também líder do PSD Madeira "profundamente ofensivas e reveladoras de uma preocupante falta de respeito democrático". Para a autarca recém eleita, as declarações representam um ataque "vil e inadmissível" à dignidade de uma classe profissional que, segundo sublinhou, exerce funções com “competência, conhecimento técnico e experiência prática”, sendo reconhecida e valorizada pela sociedade.

"É como se um assistente social, comparado a um professor de educação física ou a um psicólogo, ou qualquer outro profissional, não tivesse dignidade nem capacidade para servir a comunidade ou até para se propor a eleições", reage a a representante do JPP.

A vereadora manifesta-se surpreendida pelas declarações de Albuquerque, recordando que, no passado, o Presidente do Governo já teria elogiado publicamente o seu trabalho e capacidade de liderança na área social. “Felizmente, quem decide é o povo, porque se fosse o Presidente do Governo, já sabemos com que critério seriam feitas essas escolhas”, afirmou.

Fátima Aveiro aproveita a ocasião para criticar a liderança de Miguel Albuquerque, sugerindo que este deveria “olhar para dentro da sua própria casa política” e para si próprio, para avaliar “o perfil e a conduta de alguns dos que escolhe para representar o seu partido” e o seu próprio exemplo.

A vereadora defendeu que a democracia “não se constrói com arrogância ou desconsideração”, mas sim com “respeito, competência e serviço às pessoas”, acrescentando que os madeirenses “sabem distinguir quem está na política para servir de quem se serve do poder”.