Glória Eterna ao enorme Miguel Torga
Adolfo Correia da Rocha, ficou reconhecido pelo pseudónimo Miguel Torga. Extraordinário poeta e escritor, do século XX, ensinou-nos a coragem, a verticalidade, a honradez - a sermos homens inteiros.
Além de contista, ensaista, memorialista e dramaturgo, Torga foi um dos nossos melhores a escrever a vida dos aldeões, dos camponeses, da paisagem campestre, para além do seu amado Marão. 'Mandam os que cá estão', dizia, com a propósito. Prezava, de sobremaneira, a intervenção social.
Justamente laureado com o Prémio Camões de 1989, o expoente da língua portuguesa.
Cultivava ao máximo a discrição, não dando autógrafos, sendo a simplicidade em figura de gente grande.
Desapareceu-nos fisicamente há 30 anos, em Coimbra, onde nesta cidade, em Celas, tem uma Casa-Museu, na rua (curiosamente) Fernando Pessoa, n.º 3. A visitar!
Os seus Diários são verdadeiras obras criadoras de Arte. A Arte na Criação salvará a Humanidade, terá dito. Merece honras, num repouso Eterno, no Panteão Nacional!
Amo a obra do enorme Miguel Torga.
Vítor Colaço Santos