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Hezbollah reivindica disparos de foguetes contra norte de Israel

FOTO DR
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O grupo Hezbollah, apoiado pelo Irão, anunciou hoje que disparou foguetes contra o norte de Israel em retaliação pelos ataques israelitas no sul do Líbano, que terão matado duas pessoas.

Os combatentes do Hezbollah dispararam "uma salva de foguetes" contra o norte de Israel "em resposta aos ataques do inimigo israelita contra (...) civis em Tair Harfa", uma vila na fronteira com Israel, informou o Hezbollah num comunicado.

Numa outra declaração, o grupo assumiu a responsabilidade pelos ataques, incluindo ataques com foguetes contra quartéis no norte de Israel.

Horas antes, a Agência Nacional de Notícias (ANN) libanesa informou que pelo menos duas pessoas morreram e várias ficaram feridas quando um 'drone', identificado como israelita, bombardeou um grupo de técnicos que fazia trabalhos de manutenção na cidade de Tair Harfa, sul do Líbano.

Segundo a mesma fonte, o 'drone' atacou uma equipa da empresa libanesa de telecomunicações Touch enquanto esta realizavai operações de manutenção numa estação de transmissão, onde estava acompanhada por socorristas da Associação de Escuteiros da Mensagem Islâmica.

A ANN não forneceu pormenores sobre a identidade das vítimas, embora a Associação de Escuteiros da Mensagem Islâmica tenha anunciado, num comunicado, a morte de um dos paramédicos da Defesa Civil, Ghaleb Hussein al-Hajj.

A organização de ajuda humanitária, ligada ao grupo xiita libanês Amal, disse apenas que Al-Hajj perdeu a vida "no cumprimento do seu dever nacional e humanitário" no sul do Líbano.

A empresa, um dos dois principais operadores telefónicos do Líbano, ainda não comentou oficialmente o incidente nem confirmou se houve vítimas entre os seus trabalhadores.

Há sete meses que Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah estão envolvidos no pior fogo cruzado desde o conflito de 2006, um surto de violência que ocorre no contexto da guerra de Gaza e no qual outras formações libanesas, como o Amal, também estão envolvidas em menor grau.

Esta não é a primeira vez que a Associação de Escuteiros da Mensagem Islâmica perde um membro devido a uma ação atribuída ao Estado judaico, que desde o início dos confrontos bombardeou vários centros de emergência e de saúde.

No início desta semana, a organização Human Rights Watch (HRW) pediu aos Estados Unidos que suspendessem o seu apoio militar a Israel, depois de ter verificado que um ataque "ilegal" em março passado, que matou sete paramédicos num centro de socorro no sul do Líbano, foi realizado com um dispositivo norte-americano.

Estas mortes elevam o número de vítimas mortais para 402 em sete meses de violência no sul do Líbano, a maioria delas combatentes do Hezbollah, mas também 79 civis.

Do lado israelita, 14 soldados e nove civis foram mortos, segundo um relatório oficial.