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Ao Pedro, ao Luís e ao Miguel

Antes de mais, e por simplicidade e facilidade, permitam-me os visados, e essencialmente o Senhor Dr. Luís Montenegro e Senhor Dr. Miguel Albuquerque, que os trate de forma direta neste artigo.

Começo por dirigir-me ao Pedro Calado. Faço-o porque quero e porque é mais do que justo que lhe dirija algumas palavras públicas de agradecimento. Faço-o por mim e muitas e muitas pessoas que, desde 24 de janeiro último, me têm abordado a perguntar por ele e a me darem conta do quanto gostam dele enquanto pessoa e enquanto político. Faço-o por um vasto conjunto de cidadãos que, não podendo falar diretamente, se sentem muito gratos pelo que o Pedro deu à Madeira, ao Porto Santo e ao Funchal.

Quero dizer-lhe obrigada pelo empenho e pela dedicação que teve à causa pública nomeadamente no comando da Vice-Presidência do Governo Regional e da Câmara Municipal do Funchal, mas acima de tudo pela sua humildade, espírito de sacrifício, habilidade estratégica e política e capacidade de liderança que demonstrou.

Sei que os tempos hoje são diferentes, mas acredito que, independentemente do local onde esteja e das situações menos favoráveis que possa encontrar, se mantiver a sua simplicidade na relação com os outros, a sua competência técnica e política, a sua frontalidade, lealdade e objetividade terá muito sucesso. Que assim seja…

Luís Montenegro, que tomou posse há exatamente uma semana como Primeiro Ministro de Portugal, quero dar os parabéns pela vitória de 10 de março e pela humildade, persistência, coragem, ambição e capacidade de ouvir todos os portugueses, e em especial os mais jovens.

Não entrarei nas discussões que ocuparam o espaço mediático nas últimas quatro semanas sobre se a vitória é curta, sobre qual a combinação das “peças do puzzle” a usar para assegurar a aprovação dos diplomas no parlamento nem sobre as diversas demonstrações de habilidades políticas que vão surgir na tentativa de pressionar o Governo ou de criar bolhas mediáticas.

O que mais importa é, como referido pelo próprio, exigir a humildade e autenticidade de todos, manter o foco e concentrar o nível de esforço na resolução dos problemas das pessoas – saúde, educação, habitação, transportes, justiça e segurança – mas também do País transformando estruturalmente e/ou digitalmente a economia e o Estado através da regeneração dos serviços públicos, da execução de medidas para o combate à crise demográfica e de promoção do rejuvenescimento da mão de obra qualificada nacional, da implementação do desagravamento fiscal e do crescimento económico, através do garantir de uma sustentabilidade energética e ambiental, da elevação do mérito e da produtividade, da realização de um caminho de governação séria e com assumida preocupação de combate à corrupção. Isto a par do reforço do posicionamento europeu e internacional de Portugal numa fase em que os conflitos geopolíticos se adensam mesmo aqui ao lado e põem em causa a paz, a democracia e os direitos humanos.

Ao Miguel Albuquerque quero desejar boa sorte para o novo desafio de 26 de maio. Sei que é um destemido homem de lutas e de causas e que já em setembro de 2023 – há pouco mais de seis meses – sujeitou-se com sucesso ao escrutínio regional e que no passado dia 21 de março venceu umas disputadas eleições diretas intra Partido Social Democrata da Madeira.

Agora, e porque é sempre possível fazer mais e melhor, é tempo de, com habilidade e assertividade, refletir, reorganizar, reagrupar, fazer eventuais ajustes e implementar estratégias por forma a assumir uma proposta ambiciosa para a Madeira e para o Porto Santo de modo a atrair o maior número de votos possível. Só assim se evitará uma dispersão que, sejamos práticos e objetivos, apesar de ser democrática, afeta negativamente a governação e o alcance de resultados. Aqueles resultados que o PSD Madeira sabe assegurar e que constam dos indicadores estatísticos que valorizam a Região, e mais importante que isso, que dão mais e melhores condições aos residentes das ilhas da Madeira e do Porto Santo.

É, portanto, na mobilização interna das equipas, na elaboração do projeto social, político e económico a apresentar e na comunicação humilde, eficaz e direcionada – sem esquecer os mais jovens – que se deverão concentrar as energias e todos os esforços por forma a garantir mais uma vitória ao PSD Madeira. Não é fácil, nunca é fácil e se fosse fácil não seria para o Miguel Albuquerque.