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Alemanha substitui força marítima no Mar Vermelho

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A Alemanha vai enviar uma nova fragata para o Mar Vermelho no início de agosto para ajudar a garantir a segurança do tráfego marítimo perturbado pelos rebeldes iemenitas houthis, anunciou hoje o ministro da Defesa.

A fragata "Hamburg" substituirá o navio "Hessen", que deixou hoje a zona de intervenção, como previsto, no final de uma missão iniciada em 23 de fevereiro, declarou Boris Pistorius num comunicado citado pela agência francesa AFP.

O navio tinha sido enviado para a região no âmbito da missão "Aspides" ("escudo", em grego antigo) da União Europeia para proteger a navegação comercial, com cerca de 240 militares a bordo.

A unidade da marinha alemã "escoltou 27 navios mercantes na zona de intervenção" e repeliu 'drones' e mísseis disparados pelos rebeldes houthis do Iémen em quatro ocasiões, segundo o Governo de Berlim.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, em outubro de 2023, os houthis realizaram dezenas de ataques a navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Aden.

A atividade dos rebeldes iemenitas apoiados pelo Irão tem perturbado o comércio marítimo mundial na zona estratégica do Mar Vermelho.

Os houthis, que dizem agir em solidariedade com os palestinianos em Gaza, reivindicaram recentemente a responsabilidade pelo ataque a quase uma centena de navios desde que iniciaram as operações.

Os ataques fizeram aumentar os custos dos seguros dos navios que transitam pelo Mar Vermelho e levaram muitas companhias de navegação a preferir a passagem muito mais longa pelo extremo sul do continente africano.

Os Estados Unidos, o principal aliado de Israel, criaram em dezembro uma coligação multinacional para proteger o tráfego marítimo, mas sem conseguir impedir os ataques.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns.

Desde então, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que provocou mais de 34.000 mortos e a destruição de grande parte das infraestruturas do pequeno enclave palestiniano.