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Cardeal Américo Aguiar critica ações como a que atingiu Luís Montenegro

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Foto EPA

O cardeal Américo Aguiar lamentou o incidente ocorrido hoje com o líder do PSD, atingido por tinta verde à porta da Bolsa de Turismo de Lisboa, considerando que estas ações "não podem nem devem ser aceites num Estado de direito".

Numa mensagem publicada nas suas redes sociais, o bispo de Setúbal, Américo Aguiar, lembra que na década de 90 do século XX fundou "uma associação de defesa do ambiente, do (...) Rio Leça", reconhecendo que, "ao longo destas décadas que passaram muito mudou para melhor".

"O Planeta e a Humanidade ficaram a ganhar. Falta, no entanto, muito a fazer e urgentemente... os gritos da Terra e da Humanidade não podem esperar muito mais, como nos diz o Papa Francisco, na Laudato Si e na Laudato Deum", escreveu o mais novo cardeal português.

Para Américo Aguiar, no entanto, ações como a verificada hoje à porta da Bolsa de Turismo de Lisboa, e que teve como alvo o líder da Aliança Democrática, Luís Montenegro, "não podem, nem devem, ser aceites num Estado de direito, numa democracia".

"Já o disse aquando do incidente com o dr. Fernando Medina, ministro da República, e agora com o líder do PSD, e com tantos outros alvos e métodos fora das regras da convivência democrática. Um dia não será tinta, um dia será ainda mais grave e sem retorno. Rezo para que Deus ilumine todos os corações com sabedoria e discernimento", acrescentou.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, foi hoje atingido com tinta verde por um jovem à entrada da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), onde se deslocou em campanha eleitoral.

Os ativistas do movimento Fim ao Fóssil reivindicaram, entretanto, a ação em comunicado, argumentando que "nenhum partido tem um plano adequado à realidade climática".

O movimento estudantil reivindica o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e exige que se pare de usar gás para produzir eletricidade até o próximo ano, utilizando antes 100% eletricidade renovável e gratuita.