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Explicador Madeira

Preservativo evita 'dores de cabeça'

Calma. Antes que o título que lhe sugira más interpretações, a sugestão é ler e estar informado e saber o que aconselham os especialistas na antevéspera do Dia dos Namorados.

E saiba que continuam a recomendar o uso do preservativo nas relações sexuais. O produto pode evitar uma gravidez indesejada ou mesmo infecções sexualmente transmissíveis, ou seja pode até evitar à posteriori uma grande ‘dor de cabeça’ - daí a explicação para o título - quando souber que afinal de contas poderia ter sido perfeitamente evitável um comportamento irresponsável que, em última análise, pode colocar em risco a sua saúde e do(a) seu companheiro(a) e causar grandes dissabores à família. 

O melhor mesmo é ouvir os aconselhamentos médicos ou dos técnicos no sentido de “aumentar a consciencialização de todos sobre a problemática do VIH/SIDA e incentivar o progresso na prevenção e no tratamento”.

É justamente esta a mensagem que a Comissão Regional de Luta Contra a SIDA (CRLCSIDA) e a delegação da Fundação Portuguesa Comunidade Contra a Sida expressam numa mensagem na véspera do Dia Internacional do Preservativo.

O combate a esta infecção só será eficaz se houver um trabalho conjunto a todos os níveis: individual, familiar, comunitário e político. 

Uma aposta séria na educação e na prevenção é crucial, pelo que a  CRLCSIDA associa-se a esta efeméride, cujo objectivo é sensibilizar a população para a utilização do preservativo enquanto método altamente eficaz na prevenção das infecções sexualmente transmissíveis, nomeadamente pelo VIH daí que alerte para a adopção de comportamentos seguros, sustentada pela informação, formação e capacitação da população, contribui para a prevenção desta infecção.

O prognóstico da infecção por VIH pode ser largamente melhorado quando o diagnóstico é precoce e o tratamento é logo instituído. 

Existem medicamentos que impedem a multiplicação do vírus, retardando o aparecimento de situações de doença, nos indivíduos que vivem com o VIH, o que permite prolongar a vida destes doentes.

Para trabalhar esta temática, a CRLCSIDA dinamiza acções de sensibilização para a população e fomenta a aplicação do Projecto da Direção Regional  de Educação/SRECT, denominado Educação para a Sexualidade e os Afetos (ESA), nas escolas, para os 2º e 3º Ciclos. Além da área da educação, esta comissão trabalha estrategicamente com outras áreas de intervenção, tais como: saúde, trabalho, segurança-social, juventude e desporto.

Fundação

Na Região a Fundação Portuguesa Comunidade Contra a Sida diz continua a fazer o seu trabalho e “não há dúvida que a prevenção, a promoção para a saúde, a literacia em saúde são fundamentais e devem ser permanentes e continuadas para promover comportamentos seguros”. Quem o diz é Marina Bazenga que insiste no uso do preservativo como factor fundamental e a única arma ao nosso alcance. 

É de opinião que a juventude está mais informada, menos preconceituosa, mas ainda fruto de muitas crenças existe caminho a percorrer. “Nos contactos que temos com os jovens no âmbito das nossas acções observamos que estão informados mas não significa que os usem”, complementa a coordenadora pedagógica da delegação na Região.

Estudos

Há dois anos, um estudo nacional levado a efeito pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, em conjunto com a Associação para o Planeamento da Família e o Centro Lusíada de Investigação em Serviço Social mostrou que, em 2021, 88% dos rapazes inquiridos disseram ter usado preservativo na primeira relação sexual, o que representa uma queda de nove pontos percentuais relativamente a 2008. 

Dito por outras palavras os jovens prescindem cada vez mais do preservativo na primeira relação sexual.

As conclusões do estudo “Jovens e Educação Sexual: Conhecimentos, Fontes, Recursos” indicam ainda que mais de metade dos adolescentes numa relação de namoro que inclua sexo dizem não utilizar sempre o preservativo.

Quase 60% dos 2320 jovens que responderam a um inquérito online afirmaram não usar a pílula, enquanto um quarto opta pelo coito interrompido como forma de evitar uma gravidez. As raparigas, ainda assim, mostram ser mais bem informadas. Trinta por cento têm um conhecimento muito bom, já nos rapazes o número não chega aos 18%. O estudo conclui ainda que aumentou, de forma ligeira, a idade média da primeira relação sexual para os 15 anos e 5 meses.

Por cá, na Região, os dados são escassos ainda que o DIÁRIO tentasse obter junto da CRLCSIDA ou junta da Fundação.

Infecções e prevenção do contágio da SIDA:

Sangue contaminado 

Partilha de material para injecção de drogas (seringas, agulhas, algodões e caldos), de instrumentos cortantes (lâminas de barbear) e de perfuração da pele (piercings, tatuagens).

Via sexual

Relações sexuais (vaginais, anais e orais) sem preservativo

Portugal com taxa maior

Portugal continua a ser o país da Europa Ocidental com mais casos de infecção pelo VIH por 100.000 habitantes

Mãe-filho 

Da mulher infectada para o seu bebé, durante a gravidez, no momento do parto ou durante a amamentação

Não Partilhar

Não partilhar objectos cortantes (lâminas), nem perfurantes (agulhas e seringas)

Tipos de métodos contraceptivos

Os métodos contraceptivos femininos que podem ser utilizados são os seguintes:

- Contracepção hormonal combinada (conhecida como “pílula” na sua forma oral); Dispositivo intra-uterino (DIU); Método de barreira; Métodos naturais; Esterilização.

Antes de engravidar

Antes de decidir engravidar ou se estiver grávida, fazer o teste de despiste da infecção pelo VIH e seguir os conselhos médicos