DNOTICIAS.PT
Assembleia Legislativa Madeira

PSD, CDS e CH propõem comemoração do 25 de Novembro na Assembleia

None

A Assembleia Legislativa está a discutir, em simultâneo, dois projectos de resolução, do CH e PSD/CDS que recomendam ao parlamento a comemoração do 25 de Novembro de 1975, tal como acontecem em relação ao 25 de Abril de 1974.

Miguel Castro começou por lembrar que foi no 25 de Abril que "o povo português conquistou a liberdade" mas a democracia só foi confirmada a 25 de Novembro de 1975.

A comemoração do 25 de Novembro, diz o deputado do CH, "não é apenas um acto simbólico" é recordar que "em tempos de incerteza fomos capazes de ultrapassar as nossas divergências" e defender a demcoracia.

O 25 de Abril e o 25 de Novembro, diz, "não são datas divergentes".

Jaime Filipe Ramos apresentou a proposta conjunta do PSD e do CDS que defendem a comemoração "de duas datas históricas fundamentais para a nossa liberdade e democracia".

O deputado do PSD lembrou que o 25 de Abril "trouxe a liberdade" e o 25 de Novembro "trouxe a democracia" e lembrou protagonistas como Ramalho Eanes, Mário Soares, Freitas do Amaral e o operacional Jaime Neves.

Pelo PS, Rui Caetano afirmou que comemorar o 25 de Novembro não pode "adulterar" a história e diminuir a importância do 25 de Abril.

"O 25 de Abril inteiro chegou a 25 de Novembro", afirmou o deputado socialista que defende a comemoração da data de 1975, mas nunca "como forma de se vingar do 25 de Abril".

O PS defende a sessão comemorativa do 25 de Novembro, como forma de "defender" os ideias de Abril.

Mónica Freitas, do PAN, lembra que a importância do 25 de Abril de 1974, como data em que terminou uma ditadura e Portugal conquistou a liberdade, nunca pode ser ignorada ou diminuída, mas reconhece a importância do 25 de Novembro para consolidar a democracia.

O Bloco de Esquerda garante que "não alinha" com as "manobras da direita e da extrema-direita" para tentar equiparar o 25 de Novembro, "um pormenor da história", ao 25 de Abril e diminuir a importância da Revolução dos Cravos

Roberto Almada defende, sim, a comemoração do 25 de Novembro, mas como data em que se denuncia a violência contra as mulheres.

Élvio Sousa, do JPP, recordou - até com recurso a páginas do DIÁRIO daquelas datas - o processo que levou ao 25 de Novembro que travou a tentativa de contrariar a vontade dos eleitores e travar a democracia. O JPP apoia a comemoração do 25 de Novembro no parlamento regional.

Nuno Morna, da IL, considera o 25 de Novembro de 1975 fundamental para a democracia em Portugal. Recordou a reacção dos partidos democráticos às tentativas da extrema-esquerda de impor uma ditadura.

A democracia, diz, "sempre exigiu uma dura luta pela sua manutenção". A rejeição de todas as ditaduras, "à esquerda e à direita" foi o resultado do 25 de Novembro. A IL; diz, comemora, sempre, o 25 de Abril e o 25 de Novembro.

Também Lopes da Fonseca, do CDS, recorda que se não fosse o 25 de Novembro não haveria a autonomia, nem a democracia. "O 25 de Novembro de 1975 impediu que o país caminhasse para sovietização", para uma ditadura.

Ricardo Lume, do PCP, considera que o importante é comemorar os 50 anos do 25 de Abril e todos os que lutaram contra a ditadura. Uma Revolução dos Cravos que permitiu conquistar "direitos que muitos tentam, ainda, tirar".

Para o PCP, as duas propostas, do PSD/CDs e do CH, são uma recuperação dos "discursos bafientos" que tentam diminuir o 25 de Abril.