Madeira

Dimensões do ataque informático ao SESARAM “ainda estão por ser apuradas”

Nas primeiras declarações públicas depois do incidente, Pedro Ramos escudou-se na confidencialidade que diz ser necessária para não concretizar em que ponto está o trabalho de recuperação dos dados dos madeirenses

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Foto: Arquivo

Cinco dias depois do ataque informático de que o Serviço Regional de Saúde (SESARAM) foi alvo, as dimensões desta “catástrofe”, como já foi classificado, “ainda estão por ser apuradas”. Isso mesmo foi apontado por Pedro Ramos, no início da tarde de hoje, numa visita que fez à Casa de Saúde São João de Deus, no âmbito do aniversário da instituição.

Aos jornalistas, o secretário regional de Saúde e Protecção Civil, que regressou ontem à Madeira, após mais de uma semana nos Estados Unidos, onde participou em diversas iniciativas junto da diáspora madeirense, recusou adiantar informação concreta sobre se já haviam sido recuperados alguns dados, escudando-se na natureza do ataque e na confidencialidade que diz ser exigida num cenário desta natureza.

Dimensões do ataque ainda estão por ser apuradas - Pedro Ramos

O governante referiu, ainda assim, que a comunicação interna entre profissionais, neste momento, está a ser feita com recurso à aplicação de mensagens WhatsApp, prometendo um programa informático alternativo para facilitar a acção clínica, bem como a criação de “soluções alternativas” para a radiologia e para as análises clínicas. “Vamos tentar criar, rapidamente, nos próximos dias, ainda não decorreu uma semana depois do ataque”, apontou Pedro Ramos.

Confrontado com a normalidade que havia sido anunciada e as dificuldades que têm sido apontadas por utentes/doentes, familiares e pelos próprios profissionais de saúde, o secretário regional diz ter havido “uma má interpretação da chamada normalidade”, reforçando, ainda assim, que alguns serviços têm funcionado. O funcionamento do bloco operatório e as cirurgias às cataratas que têm sido realizadas foi o argumento usado para exemplificar essa normalidade. “Vamos procurar criar as condições para todos os serviços”, alvitrou.

Situação de catástrofe e apelo

Pedindo soluções e o “contributo de todos”, Pedro Ramos disse que “este não é um momento de escusas de responsabilidade, este é o momento de mostrarmos uma responsabilidade diferente”, referindo-se à posição assumida por alguns médicos, que perante o cenário originado pelo ataque, pediram escusa de responsabilidade à Ordem dos Médicos.