IL-M diz que falta fazer tanto para aumentar a ciber-resiliência
Em causa, o ataque informático ao SESARAM
"Não é novidade que a infraestrutura informática do Governo Regional tem fragilidades. Já foram noticiados ataques cibernéticos em Julho de 2019 e Julho de 2022. Não faltaram avisos. Mas se nesses casos os alvos foram páginas de mera informação pública, desta vez os atacantes devem ter tido acesso aos dados mais confidenciais que o Estado tem sobre os cidadãos - os dados da saúde de cada um de nós". O alerta é deixado por Duarte Gouveia, candidato n.º 3 da Iniciativa Liberal Madeira (IL-M) às Regionais 2023.
Uma política de protecção de sistemas de informação deve proteger o acesso, o uso, a divulgação, a disrupção, a modificação e a destruição de dados. O ataque que foi ontem anunciado ao Serviço de Saúde da Madeira atingiu o que deve ser protegido em toda a linha! Neste momento os serviços de saúde públicos estão comprometidos. Consultas, cirurgias, exames complementares, e mesmo os serviços telefónicos, tudo a funcionar com enormes restrições e com previsão de "recuperação prolongada". Duarte Gouveia, candidato n.º 3 da IL-M às Regionais 2023
"Se num ataque desta natureza há que condenar os atacantes, não podemos deixar de avaliar aqueles que têm responsabilidade política pela protecção dos nossos dados", diz.
Ressalvando ainda que nunca se possa garantir segurança absoluta, "há muito que pode ser feito para aumentar a ciber-resiliência, reduzir riscos e garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação - a tríade da segurança informática".
No dia 9 de Março deste ano, o Secretário das Finanças anunciou que a Madeira iria avançar com uma proposta de Política de Cibersegurança, aplicada a toda a administração pública, designadamente, à produção e distribuição de electricidade e água, à Proteção Civil, e ao Serviço de Saúde. Já no início deste ano foram contratados 600 mil euros e mais se anunciou nesse evento até ao final do primeiro semestre. Já em 9 de Outubro de 2021 e 8 de Junho de 2022, entre outras, o Governo Regional anunciou que iria investir dois milhões de euros do PRR, bem como 500 mil euros por ano do Orçamento Regional, em Cibersegurança. No início deste ano foram anunciados investimentos na ordem dos 114 milhões de euros para a transição digital. Foi dito que estavam a ser desenvolvidos projetos na área dos Serviços de Cibersegurança. Duarte Gouveia, candidato n.º 3 da IL-M às Regionais 2023
E questiona: "Se tudo isto foi gasto, porque é que aparentemente tudo falhou? Mas mesmo que tenha existido um ataque bem sucedido, entre as medidas de resiliência está a possibilidade de recuperar os sistemas com base nos dados em cópias de segurança. Estranhamos muito que tal não tenha sido possível e que se preveja a tal 'recuperação prolongada'".
E conclui dizendo que as "trapalhonas conferências de imprensa dadas pelos responsáveis, não nos deixaram mais sossegados, antes pelo contrário".
