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Peritos da ONU pedem à China que esclareça paradeiro de nove activistas tibetanos

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Três peritos da ONU pediram hoje ao Governo chinês que partilhe informações sobre o paradeiro e a atual situação de nove ativistas tibetanos condenados à prisão na última década.

Os ativistas receberam sentenças em alguns casos de até 11 anos de prisão, entre 2010 e 2019, em retaliação contra o seu "trabalho pacífico para proteger o frágil ambiente no Tibete", disseram os especialistas da ONU, num comunicado citado pelas agências internacionais.

"A falta de informação por parte das autoridades chinesas pode ser interpretada como uma tentativa deliberada de fazer o mundo esquecer estes defensores dos Direitos Humanos, isolados ano após ano", lê-se na mesma nota, que refere que nem os familiares dos condenados tiveram notícias deles.

Os ativistas (Anya Sengdra, Dorjee Daktai, Kelsang Choklang, Dhongye, Rinchen Namdol, Tsultrim Gonpo, Jangchup Ngodup, Sogru Abhu e Namesy) foram presos após se manifestarem contra atividades de mineração em montanhas consideradas sagradas no Tibete.

Também denunciaram atividades de caça de animais em perigo de extinção nas províncias de Qinghai e Sichuan e na região autónoma do Tibete, todas no oeste da China e habitadas por populações de etnia tibetana.

"Quase não há informações sobre as circunstâncias da sua prisão, o seu processo e sentença", lamentaram os peritos da ONU para questões relacionadas com a defesa de ativistas (Mary Lawlor), com a liberdade de reunião e de associação (Clément Nyaletsossi) e com a proteção do meio ambiente (David Boyd).

Os peritos da ONU desenvolvem um trabalho independente da organização e as suas opiniões não representam a das Nações Unidas.