Madeira

“36% da população portuguesa vive de reformas”

Rui Pedroto, administrador da FMAM, diz que os idosos são remetidos hoje para um “plano de secundidade”

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Foto Hélder Santos/Aspress

A finalizar este primeiro ciclo de conferências, no âmbito do ‘VII Encontro de Idosos - Os novos Velhos’, promovido pela Garouta do Calhau, Rui Pedroto, administrador da Fundação António da Mota (FMAM), focou nos aspectos económicos e sociais da longevidade.

Sendo já sabido que ¼ da população portuguesa tem mais de 60 anos, um número que tendencialmente vai aumentar, importa centrar-se nos efeitos sociais destes números, nomeadamente ao nível da Segurança Social. “36% da população portuguesa vive de reformas”, apontou.

Na sua alocução, o administrador da FMAM observou que muitas empresas portuguesas começam a preparar os seus funcionários para a idade de reforma com a atribuição de novas tarefas em função também das suas capacidades físicas. “Uma forma inteligente das empresas gerirem os processos de envelhecimento”, apontou.

Rui Pedroto lamentou ainda que os idosos sejam hoje remetidos para um “plano de secundidade” e desafiou as instituições a valorizarem o saber dos idosos e o contributo que estes ainda possam dar à sociedade. Em Portugal, infelizmente, também por força de algumas baixas reformas, às quais se juntam todas as comorbilidades destas idades, a factura com a saúde será cada vez mais pesada.

Amanhã, mais quatro oradores vão usar da palavra sobre ‘Corpo e Mente’ e, a terminar este encontro, um debate sobre ‘Ética e Saúde’ também com um quarteto de ilustres.

Três dias de debate para "olhar com outra lente" para a idade sénior

O 'Encontro de Idosos - Os Novos Velhos' debate as políticas de promoção do envelhecimento activo

Tânia Cova , 05 Junho 2023 - 14:50