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PSD critica "pequena política" e acusa Governo de incapacidade de assegurar "o essencial"

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Foto PSD

O PSD assinalou hoje não estar preocupado com "pequena política", apesar de criticar as recentes polémicas no Governo, e acusou o executivo socialista de ser incapaz de assegurar "o essencial".

"Ao PSD não interessa debater o comportamento de adjuntos ou assessores, as agressões ocorridas em gabinetes ministeriais e as demissões ou votos de confiança mais ou menos encenados. Ao PSD não interessa debater a pequena política quando temos tanto com que nos preocupar. Não interessa ao PSD, porque não interessa ao país", defendeu André Coelho Lima, no parlamento.

No período de declarações políticas, o social-democrata propôs aos deputados que se concentrem "no essencial", argumentando que "ao país interessa" o combate ao aumento do custo de vida ou "ultrapassar a carga tributária em máximos históricos", criticando a governação de António Costa e dizendo que "faltam adultos na sala".

"O pior que nos pode acontecer é valorizar de tal modo estes lamentáveis episódios que desvalorizemos a absoluta incapacidade do Governo para tomar conta do essencial. (...) A voragem mediática, a vertigem do comentário a todo o instante, não podem permitir que nos desfoquemos do verdadeiro estado do país", sustentou.

O social-democrata não deixou contudo de lamentar e criticar as recentes polémicas governativas, acusando o Grupo Parlamentar do PS de ter "ligações para lá do admissível" com "entidades que venham a ser ouvidas em audições parlamentares".

Quanto ao recente episódio que envolveu o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o seu ex-adjunto, Frederico Pinheiro, Coelho Lima considerou que "permitiu revelar uma prática de utilização manifestamente abusiva dos serviços de informações do Estado, como se de uma força privada do Governo se tratasse, muito para lá da sua função e certamente muito para lá das permissões legais e constitucionais".

Pelo PS, o deputado Pedro Delgado Alves enalteceu as políticas do Governo, defendendo que o executivo é responsável por crescimento económico, aumento de exportações ou diminuição do emprego, ao mesmo tempo que reconhece que "há erros" e mostra disponibilidade para "corrigir a mão quando erra".

O socialista perguntou ao PSD "o que faria de diferente" e atirou: "Perante um cenário que descreve como catastrófico, o PSD não solicita eleições, e pior, acusa o Governo de querer perder a sua maioria", acrescentou.