Madeira

Mais de 2.300 munícipes aguardam por habitação social no Funchal

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Foto CMF

A empresa municipal do Funchal Sociohabita tem 2.314 cidadãos em lista de espera para obter habitação, revelou hoje o presidente da Câmara, indicando que, atualmente, a autarquia gere cerca de 1.300 fogos, num total de quase 5.000 munícipes.

Pedro Calado falava aos jornalistas à margem da conferência "Medidas de Apoio à Habitação-Oportunidades para Jovens", organizada pela Câmara do Funchal (PSD/CDS-PP) e pelo Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP, a decorrer esta tarde na sala da Assembleia Municipal do Funchal.

"Neste momento, em lista de espera, temos 2.314 pessoas que estão inscritas na Sociohabita à espera de habitação", indicou Pedro Calado.

O presidente da Câmara do Funchal frisou que o objetivo da conferência de hoje é dar a conhecer as medidas que a autarquia tem no terreno atualmente em matéria de habitação, designadamente benefícios fiscais para quem recuperar imóveis degradados e apoios ao arrendamento, entre outras.

"Nós queremos hoje dar a conhecer, numa estratégia quer municipal quer regional, para que todos os agentes ativos, imobiliários e não só, tenham conhecimento da verdadeira estratégia municipal [de habitação] que está por detrás", reforçou.

O autarca lembrou, por outro lado, que o município vai construir 202 fogos de habitação social, ao abrigo do 1.º Direito e do PRR, nas freguesias do Imaculado, Santo António, São Martinho e São Pedro, salientando que estão projetadas outras empreitadas de habitação a custos controlados por privados e do Governo Regional, que significarão um total de 500 novas habitações no concelho.

Pedro Calado alertou, contudo, que, se os procedimentos não forem simplificados, poderá não haver tempo útil para concretizar as verbas do PRR até 2026.

"Eu acho que o país, a nível nacional, já devia ter feito algo para agilizar muito e simplificar os procedimentos que estão por detrás destas habitações e desta construção", defendeu.

"Nós já estamos a meio de 2023, na Assembleia da República ainda estão a discutir o programa 'Mais Habitação' e as verbas do PRR têm de ser utilizadas até 2026", criticou.