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Actual presidente turco à frente quando estão contados quase 20% dos votos

FOTO TOLGA BOZOGLU/EPA
FOTO TOLGA BOZOGLU/EPA

O atual Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, está à frente no escrutínio das eleições presidenciais de hoje, com 56,67%, quando estão contados quase 20% dos votos, segundo a agência noticiosa oficial turca Anatólia. O seu principal adversário Kemal Kiliçdaroglu segue com 37,41, numa altura em que estavam contados quase 20% dos votos.

O porta-voz do partido de centro-esquerda de Kilicdaroglu lembrou que os primeiros resultados são preliminares, sustentando que o "quadro é extremamente positivo" para a oposição.

A maioria das sondagens antecipava uma derrota para Erdogan, no poder há 20 anos, prevendo uma vitória apertada de Kiliçdaroglu, o que evitaria uma segunda volta dentro de duas semanas.  É, contudo, previsível que nenhum dos dois consiga a alcançar a maioria absoluta nesta primeira volta.  Num sufrágio em que se joga a sobrevivência política do atual chefe de Estado, este ato eleitoral traduzir-se-á numa escolha de modelo de sociedade entre um líder poderoso e um opositor que propõe o consenso e a negociação.

As assembleias de voto para eleger um Presidente e um parlamento na Turquia encerraram às 15:00 de hoje (17:00 locais), tendo as eleições decorrido sem incidentes. Desde as 08:00 locais (05:00 em Lisboa), cerca de 61 milhões de eleitores puderam exercer o seu direito de voto nas 192.000 urnas distribuídas pelas 81 províncias do país, com um sexto dos eleitores a votarem na região de Istambul.  A adesão às urnas não foi divulgada, mas vários órgãos de comunicação social avançam que a afluência às urnas será mais elevada do que o habitual, num país em que normalmente ultrapassa os 80%.

O Conselho supremo eleitoral vai anunciar os resultados provisórios na noite de hoje, mas a contagem final oficial apenas será divulgada na próxima sexta-feira.  Para as eleições legislativas concorrem 24 partidos, a maioria em coligações para tentarem ultrapassar a barreira mínima dos 7% que permite a eleição de deputados para a Grande Assembleia Nacional (Parlamento), com 600 lugares.