Madeira

“O transporte marítimo continua a ser cada vez mais relevante”, assegura Albuquerque

Presidente do Governo critica falta de vontade política para devolver a Portugal a liderança nos transportes marítimos.

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“É uma utopia” quem pensa que o transporte marítimo está a desaparecer. Palavras do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, esta tarde, na sessão de encerramento da conferência que serviu de apresentação do projecto Hub Azul.

Miguel Albuquerque pegou “na realidade dos números” do transporte marítimo na Europa para sublinhar que “o transporte marítimo continua a ser cada vez mais relevante” e, por consequência, “a indústria marítima cada vez mais importante”.

A conclusão serviu para reafirmar o quão importante é apostar numa “decisiva modernização dos portos”, embora critique a tão propalada estratégia do mar e economia azul, por entender que em muitos casos não passa de “conversa fiada” já que “nada acontece”, como é o caso da questão dos portos nacionais.

Por entender que Portugal tem na sua plataforma marítima uma das suas principais riquezas, admitindo mesmo que este é “o recurso mais importante do país”, lamentou a falta de vontade política para reafirmar Portugal como um país verdadeiramente atlântico como já foi no passado, quando era “exemplo a nível mundial”.

Na opinião de líder madeirense “Portugal devia ter todas as condições para, à semelhança do que aconteceu com Canárias, que neste momento tem um hub como sendo prestadores de serviços de excelência no Atlântico, Portugal tinha todas as condições para ser um país liderante ou co-liderante na área dos portos, dos transportes marítimos, na logística e engenharia da reparação naval”, considerou. Para logo concluir que “isso só pode acontecer se houver vontade política”. O líder madeirense entende que “Portugal devia assumir um papel central no interface entre a América - através do Canal do Panamá - e a Europa e África. Mas para isso é essencial modernizar e requalificar os seus portos e sobretudo fazer uma aposta na internacionalização dos seus armadores e da sua indústria”, sustentou.