Regionais 2023 Madeira

“A Madeira pode vir a ser o primeiro tiro no porta-aviões do sistema”

André Ventura confiante que o Chega irá acabar com a maioria absoluta que reina há tantas décadas

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“A Madeira pode vir a ser o primeiro tiro no porta-aviões do sistema, que nós já demos a nível da República, mas que agora queremos mostrar que para além de conseguir mudar o panorama dos sistema político, conseguimos acabar com a maioria absoluta que aqui reina há tantas décadas”. Palavras de André Ventura, o líder do Chega, no início da visita de três dias à Madeira, mais propriamente à chegada para um jantar com militantes e simpatizantes num restaurante de Câmara de Lobos.

André Ventura considera que “é muito importante que esta maioria absoluta termine” na Madeira, por entender que pode ser “um sinal” do que possa vir também a acontecer na República em breve.

Aproveitou para comentar a “vergonhosa a comissão de inquérito” sobre o caso Sérgio Marques, para concluir que a mesma “mostra a cumplicidade institucional que aqui existe, e mostra uma teia, pelo menos de presunção e de suspeita, de corrupção”, afirmou.

Argumentos para reforçar aquela que diz ser a grande mensagem do partido: “O Chega vai ser implacável com a corrupção”, e concluir que “a vantagem de acabar com esta maioria absoluta é a vantagem de começar uma luta a sério contra a corrupção”

Em ano de eleições Regionais, a vinda do líder nacional do Chega, André Ventura, junta esta noite à mesa cerca de 130 militantes e simpatizantes do partido.

Já fez saber que tenciona voltar à Madeira em Maio, antes de regressar, para “passar bastante tempo aqui na Madeira” na altura da campanha eleitoral.

Reafirmou ainda que “a luta contra a corrupção é uma das grandes bandeiras” do Chega, para denunciar a “cumplicidade enorme” que diz ter ficado patente na comissão de inquérito sobre a entrevista de Sérgio Marques, para concluir que “a corrupção na Madeira é endémica, é tentacular, e nós estamos aqui para fazer oposição a essa rede tentacular”.

Reiterou a expectativa do Chega conquistar “um grupo parlamentar forte” nas próximas eleições Legislativas da Madeira, procurando passar a mensagem que, tal como o País, “também a Madeira precisa de uma limpeza”.

Confiante num bom resultado nas Regionais, admitiu que o facto da maioria absoluta na Madeira ser do PSD e não do PS “cria dificuldades acrescidas para o Chega”. Ainda assim mantém que tem “expectativas elevadas”, também porque as sondagens são elevadas, mas também por sentir na rua que as pessoas querem livrar-se desta rede tentacular, o que eleva a “certeza” que o Chega conquistará um grupo parlamentar forte para mudar o panorama político da Madeira.