Madeira

“Nunca senti nenhuma pressão, quer de um lado, quer do outro”

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O PCP, por ter requerido a presença de Sérgio Marques na Comissão, foi o primeiro a ter a palavra.

Ricardo Lume começa por recordar que a vinda à ALM do antigo deputado não foi unânime e que foi chumbada quatro vezes pela maioria PSD/CDS.

O deputado do CDS lembra a presença no Governo, por parte de Sérgio Marque, entre 2015 e 2017, e questiona se, nesse período sentiu alguma pressão, por parte do Governo ou grupos económicos, relativamente à sua actividade.

Lume também questionou sobre a abordagem de Albuquerque, quando da saída de Sérgio Marques do Governo e se terá tido influência externa.

O PCP também questiona se, em 2017, se voltou ao jardinismo sem Jardim.

Sérgio Marques começou por agradecer a oportunidade de vir à ALM esclarecer os seus pontos de vista e recusou-se a falar sobre o funcionamento da Comissão de Inquérito, “por uma questão de respeito”.

Sobre se sentiu alguma pressão, enquanto governante: “Nunca senti nenhuma pressão, quer de um lado, quer do outro”. Eu e o presidente do Governo estabelecemos o Programa de Governo. Não de qualquer membro do Governo ou de qualquer grupo económico. “As pessoas conheciam-me o suficiente para saberem que eu não era pressionável.”

Sobre a saída do Governo, em 2017, Miguel Albuquerque disse que haveria uma vice-presidência, passaria a ter um novo número dois, que até aí era eu. “Achei que, a partir do mento dessa comunicação, eu não tinha mais lugar no Governo, por uma questão de dignidade”. Foi como no Parlamento Europeu. “Pus o lugar à disposição e assumi o lugar nesta casa em 2017.”