Madeira

PCP afirma que CMF persegue zonas altas e suspende PDM para servir grupos económicos

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O PCP realizou, hoje, uma iniciativa política no âmbito da preparação do Congresso Regional, nas zonas altas do Funchal. Na ocasião, Herlanda Amado afirmou que "ao longo dos anos quem vive nas Zonas Altas e Super Altas nos vários concelhos da nossa Região, sente que não é cidadão com plenos direitos" e indica que os investimentos apregoados não chegam à população.

"Qualquer obra feita é vista por quem aqui vive, como se de migalhas se tratassem, apesar dos anunciados milhões, mesmo assim têm de reivindicar e exigir que o Governo e a Câmara do Funchal concretizem no terreno as promessas feitas durante décadas", afirmou Herlanda Amado. O deputada municipal diz não ser aceitável "a dualidade de critérios das entidades, ficando bem vincado o «desenvolvimento» a duas velocidades". Como exemplo, afirmou que na freguesia do Monte "as reivindicações continuam mas os governantes não as ouvem".

"A mais recente decisão da Câmara Municipal do Funchal, com a suspensão do PDM, deixa clara a dualidade de critérios da Autarquia! Para o povo que se exija o cumprimento da lei; para o povo que precisa de um acesso o PDM serve de desculpa para não ser concretizado, mesmo que isso represente mais segurança e humanização destas localidades; para o povo que precisa de legalizar a casa que se cumpra a lei; para o povo todas as desculpas são justificação para não se avançarem com promessas de décadas. Mas para os especuladores, para os grandes grupos económicos, na base de um suposto “desenvolvimento”, o PDM pode ser revisto ou suspenso, como aconteceu ainda esta semana. Fica uma vez mais clara a postura da Câmara e a cedência e subjugação aos interesses económicos em detrimento da população", disse na sua intervenção.

Herlanda Amado assume que o povo se sente injustiçado, pois "as cedências aos grupos económicos prevalecem sobre as necessidades da população". "No concelho do Funchal somam-se os exemplos onde este executivo do PSD-CDS, é indiferente e insensível às necessidades das populações. Às zonas altas e super-altas o desenvolvimento equilibrado e integrado fica-se pelas promessas", afirmou.

Esta foi uma iniciativa integrada na preparação do XI Congresso Regional do PCP e que serviu para Herlanda Amado reafirmar que o PCP continuará "na rua, nos vários sítios e localidades da Região, junto de quem se sente esquecido e abandonado pelos governantes, dando voz aos problemas reais das populações intervindo para que seja garantida uma outra política de desenvolvimento social, que atenda às necessidades das populações, garantindo direitos fundamentais a quem vive nas zonas altas da nossa Região, fazendo das injustiças forças para lutar".