Madeira

CDS defende "criação de um cabaz de compras com bens essenciais que fosse tabelado"

Grupo Parlamentar visitou a ARAE – Autoridade Regional das Atividades Económicas

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O Grupo Parlamentar do CDS/PP  visitou, esta manhã, as instalações da ARAE – Autoridade Regional das Actividades Económicas e, posteriormente, reuniu-se com o Inspector Regional, Luís Miguel Rosa, no sentido de perceber o trabalho que está a ser desenvolvido pela sua equipa nas várias áreas de actuação.

"Esta visita do grupo parlamentar muito tem a ver com o facto de sermos sensíveis às reclamações que os consumidores madeirenses nos têm feito chegar devido aos abusos que existem, sobretudo nos preços praticados atualmente nos supermercados da região, e viemos aqui questionar para que se perceba qual a causa desta realidade", começou por dizer o líder parlamentar do CDS, António Lopes da Fonseca. 

Neste sentido, foi-nos transmitido pelo senhor Inspector Regional da ARAE, Dr. Luís Miguel Rosa, que os supermercados podem praticar os preços que quiserem. Ou seja, não existe nenhuma lei em Portugal que possa tabelar os preços nas grandes superfícies. E essa medida a ser tomada, teria de partir do Governo da República".  António Lopes da Fonseca 

No seu entender, a solução passaria pela “criação de um cabaz de compras com bens essenciais que fosse tabelado”.

O Grupo Parlamentar do CDS irá apresentar uma iniciativa legislativa, no sentido de solicitar ao Governo da República que possa criar um cabaz de bens essenciais tabelado (com 40 ou 50 produtos). 

Isto para que "não continuemos a ver esta discricionariedade relativamente aos preços", referiu e acrescentou: "As pessoas que vão ao supermercado veem preços de bens essenciais como o leite que, em poucos meses, passou de um valor para 100% mais caro”.

Apesar de percebermos que esta realidade se deve aos próprios operadores do retalho que podem aplicar os preços que quiserem porque vivemos num mercado livre e eles podem fazê-lo, tem de haver bom senso por parte destes mesmos operadores, pois estão a fazer com que os consumidores madeirenses ainda paguem mais sobre os produtos que já estão com valores acrescidos devido ao custo do transporte".  António Lopes da Fonseca 

E concluiu: “A inflação está abaixo dos 10%, os custos de produção subiram, mas ninguém acredita que os custos de produção tenham subido 100% como tem acontecido na venda de produtos a retalho nos supermercados. Isto significa que há aqui um abuso de poder e o Governo da República tem de tomar medidas neste sentido".