A Guerra Mundo

Coreia do Norte condena Estados Unidos por enviar tanques

None

A Coreia do Norte condenou hoje a decisão dos Estados Unidos de fornecer à Ucrânia tanques de guerra avançados, dizendo que Washington está a intensificar uma "guerra por procuração" destinada a destruir Moscovo.

Os comentários da irmã do líder norte-coreano, Kim Jong-un, divulgados pela Agência Central de Notícias Coreana (KCNA, na sigla em inglês), surgiram depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter dito que os Estados Unidos iriam enviar 31 tanques M1 Abrams para a Ucrânia.

A decisão da Casa Branca seguiu o acordo da Alemanha em enviar 14 tanques Leopard 2 A6 dos seus 'stocks'.

Kim Yo Jong disse que a Administração Biden estava "a ultrapassar ainda mais a linha vermelha" ao enviar os seus principais tanques para a Ucrânia e que a decisão reflete uma "intenção sinistra de realizar o seu objetivo hegemónico prolongando ainda mais a guerra por procuração para destruir a Rússia".

"Os Estados Unidos são o mestre do crime que representa uma séria ameaça e desafio à segurança estratégica da Rússia e leva a situação regional à grave fase atual", disse.

A Coreia do Norte culpou os Estados Unidos pela crise na Ucrânia, insistindo que a "política hegemónica" do Ocidente forçou a Rússia a tomar medidas militares para proteger os seus interesses de seguranaça.

"Não duvido que qualquer equipamento militar de que os Estados Unidos e o Ocidente se gabem será queimado em pedaços perante o espírito de luta indomável e do poder heroico Exército e povo russos", acrescentou, lembrando que a Coreia do Norte "ficará na mesma trincheira" com a Rússia.

A Coreia do Norte é a única nação além da Rússia e da Síria a reconhecer a independência de Donetsk e Lugansk, duas regiões separatistas apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia, e também sugeriu planos de enviar trabalhadores para lá para ajudar na reconstrução.

Aproveitando a guerra como distração, o Governo de Pyongyang testou mais de 70 mísseis em 2022, incluindo armas potencialmente de capacidade nuclear que se acredita serem capazes de atingir a Coreia do Sul e o continente americano.