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Outubro traz ao palco o XVIII Festival de Teatro de Machico

Evento irá decorrer nos quatro fins-de-semana, com um extenso cartaz de actuações

Foto DR
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O Festival de Teatro de Machico, que já vai em 9 edições neste formato (fins-de-semana ao longo do mês de Outubro), vem na sequência dos também 9 Encontros de Teatro de Machico, onde a festa do teatro era apenas num dia de domingo, e se juntavam diversos grupos madeirenses no Fórum Machico, o que perfazem 18 edições em 18 anos. Assim, "é justo que se junte este historial e passemos a considerar a festa do teatro deste ano, como a sua XVIII edição", destaca a organização.

A atividade teatral em Machico, remonta aos anos 1950, ligada à Igreja, através da Juventude Agrária Católica, e outros agrupamentos, mas desaparece completamente com a revolução de abril, em 1974. Não há teatro no último quartel do séc. XX, sendo substituído pelos comícios partidários nos palcos improvisados das praças machiquenses.

E neste contexto que surge o Grupo de Teatro de Machico. Um grupo de amigos da sociedade civil dão luz ao projeto e que ganha força com a construção do Fórum Machico, e assim as festas do teatro recomeçaram de forma regular em 2005, precisamente no dia 10 de Julho, uma semana após a inauguração (3 de Julho) do Fórum Machico.

Concretamente ao teatro, "podemos dizer que é fundamental na formação do Homem e da sociedade", argumenta Amaro Santos, que assina a nota de imprensa. "É uma atividade privilegiada para a construção de uma boa comunicação, mas também tem o dever de invadir e ocupar o quotidiano dos cidadãos sob as suas múltiplas formas, tem a missão de sensibilizar, de inquietar, de alertar e questionar a sociedade para os seus problemas, mas sobretudo para as suas soluções. Todos os grandes pensadores de todos os tempos defendem que o teatro é fundamental para uma boa formação do homem…".

E acrescenta: "Quem é capaz de interpretar outras personagens, é uma pessoa melhor e entende melhor os outros. E quem exercita estas situações, desenvolve a empatia e acaba por ser mais tolerante, mais compreensivo e com certeza contribui para uma sociedade melhor. O teatro não é a imitação da vida, é a própria vida, portanto é todo o nosso querer que está em jogo. A nossa vontade, a nossa determinação, a nossa coragem, a nossa capacidade criativa, a nossa sensibilidade, o nosso sentido estético… enfim, no teatro precisamos de nós próprios em toda a nossa dimensão. Precisamos de rasgar preconceitos, de assumir desafios, construir um espírito empreendedor… isso é também essencial à vida."

Assim, acrescenta, "o Teatro com a sua capacidade de comunicação, é decisivo para a transformação da sociedade e decisivamente para um mundo melhor, é esta a razão de defendermos o nosso Festival de Teatro. Este Festival é uma aposta de um grupo de carolas que lutam pela cultura da sua terra", garante.

"E porque os tempos não estão fáceis para as famílias, decidimos baixar as entradas que têm o custo de 3,5€. Os sócios e alunos do GTM têm entrada gratuita", sinaliza.

Consulte a programação na página oficial do GTM no Facebook, no site da Secretaria com a tutela, o Cultura Madeira