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Venezuela e Colômbia retomam relações diplomáticas interrompidas há três anos

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Foto Twitter

A Venezuela e a Colômbia renovaram formalmente as relações diplomáticas, interrompidas há três anos, com a chegada a Caracas no domingo do embaixador colombiano nomeado pelo novo Presidente, Gustavo Petro, para apresentação de credenciais.

"As relações com a Venezuela nunca deveriam ter sido cortadas, somos irmãos e uma linha imaginária não pode nos separar", afirmou o embaixador, Armando Benedetti.

A chegada do embaixador foi anunciada na rede social Twitter pelo vice-ministro para a América Latina do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, Rander Peña.

"Em nome do Presidente, Nicolás Maduro, recebemos Armando Benedetti, nomeado embaixador da República da Colômbia na República Bolivariana da Venezuela", disse Peña.

O vice-ministro deu as boas-vindas a Benedetti e acrescentou que os "laços históricos" entre os dois países exigem que seus governos "trabalhem juntos" pela felicidade de seus povos.

Por seu lado, Benedetti disse que está para ficar e que sua agenda de trabalho começa já hoje, dia em que está previsto encontrar-se com o chanceler venezuelano Carlos Faría e entregar as credenciais a Nicolás Maduro.

"Assim que apresentar minhas credenciais ao President, [Nicolás] Maduro, as relações entre a Venezuela e a Colômbia serão completamente restauradas", disse Benedetti.

O diplomata disse ainda que pretende abordar com o Presidente venezuelano uma data para um futuro encontro com o chefe de Estado colombiano, Gustavo Petro.

Benedetti sublinhou também que a prioridade é retomar as relações diplomáticas e depois "começar a restabelecer as relações comerciais, que são as mais importantes" e para as quais existem "várias ideias".

A Venezuela e a Colômbia anunciaram em 11 de agosto a intenção de trocarem embaixadores.

Além da troca de embaixadores, o processo prevê a reabertura completa da fronteira de mais de 2.000 km que separa os dois países, totalmente fechada para veículos desde 2015 e reaberta apenas para pedestres desde o final de 2021.

Caracas e Bogotá também contam restaurar as relações militares.