Os trabalhadores da empresa Águas e Resíduos da Madeira (ARM) reuniram-se nos passados dias 19 e 20 de Julho em plenários e aprovaram uma moção em que admitem o recurso à greve a agendar no mês de Setembro, caso as negociações com a administração da ARM não surtam os efeitos práticos às reivindicações dos trabalhadores.

Da última reunião realizada a 7/7/2022, a Administração da ARM, foi clara em afirmar que o resultado da reunião com a tutela é de que não há verbas para aumentar salários, nem actualizar o subsídio de refeição igualando o valor a todos os trabalhadores. Assim como não se disponibilizaram para aprovar a redução do horário de trabalho para as 35h semanais a todos os trabalhadores”, pode ler-se no comunicado, onde o Governo Regional é apontado como o responsável pela situação criada aos trabalhadores da ARM, nomeadamente pela “não valorização do trabalho e dos trabalhadores; não reconhecimento da antiguidade e das qualificações profissionais; não aumento dos salários; por não pôr fim às discriminações salariais e subsídios de refeição; não redução do horário de trabalho para as 35h para todos os trabalhadores e não valorização dos factores de risco para a saúde dos trabalhadores”.

Assim os trabalhadores da ARM decidem “não aceitar que as Secretarias da Tutela e o Governo Regional e a ARM se mostrem indisponíveis para negociar estas matérias”, exigem que a administração e o Governo Regional “respondam eficazmente às propostas dos trabalhadores”, bem como o “fim da discriminação, nos horários de trabalho, nos salários e no valor do subsídio de refeição (conforme já estava decidido)”.